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Lacen é referência em análises laboratoriais e sequenciamento genético em Mato Grosso

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O Laboratório Central do Estado de Mato Grosso (Lacen-MT), gerido pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), realiza análises para diagnóstico dos agravos de notificação compulsória como dengue, hepatites, febre amarela, leptospirose, hantavírus, leishmaniose visceral canina e humana e HIV. A unidade é referência em análises laboratoriais e no sequenciamento genético no Estado.

O Lacen, que completa 49 anos nesta quinta-feira (28.11),  atende aos serviços de saúde do Estado, dentre eles, a vigilância em saúde, os hospitais e todas as outras unidades que necessitam de análise de média e alta complexidade.

“O Lacen é referência em análises laboratoriais e no sequenciamento genético em Mato Grosso e isso é motivo de muito orgulho para nós. O objetivo deste Governo sempre foi ter um dos Laboratórios Centrais mais modernos e eficientes do país e posso dizer que, com todo o investimento que temos feito em estrutura e equipamentos tecnológicos, estamos conseguindo. Muito em breve, inauguraremos uma estrutura nova e ultra moderna para o nosso laboratório”, declarou o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo.

O Lacen é composto por uma equipe de 144 profissionais preparados para atender todos os municípios mato-grossenses, como biólogos, farmacêuticos, biomédicos, programadores e técnicos, além de auxiliares de serviços gerais e equipes de manutenção.

Esta estrutura robusta permite que o Lacen realize, ao todo, 244 tipos diferentes de análises, muitas delas essenciais para garantir a segurança e a qualidade nos procedimentos de saúde pública.

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Visando um ambiente mais moderno e amplo, a SES inaugurou, em março deste ano, a sede provisória do Laboratório e da Superintendência de Vigilância em Saúde, na Rua Santiago, bairro Jardim das Américas.

As obras de construção da sede definitiva do Lacen foram iniciadas em janeiro de 2022 e estão 95% concluídas. Com um investimento de R$ 11,8 milhões por parte do Governo do Estado, a unidade contará com uma estrutura de aproximadamente 2,5 mil metros quadrados, construída ao lado do Hospital Central do Estado, localizado no Centro Político Administrativo, em Cuiabá.

Investimento e eficiência

Nos últimos seis anos, o Lacen de Mato Grosso recebeu mais de R$ 56,5 milhões em investimentos, que resultaram na modernização de equipamentos, ampliação da capacidade diagnóstica e maior qualidade nos serviços prestados. Durante esse período, foram realizadas mais de 958.921 mil análises laboratoriais, refletindo a eficiência e o compromisso do laboratório com a saúde pública.

Com o fim da emergência de saúde pública de interesse internacional relacionada à Covid-19, declarado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em maio de 2023, o Lacen iniciou uma nova fase estratégica.

Aproveitando os avanços tecnológicos e estruturais adquiridos durante a pandemia, o laboratório diversificou seus serviços diagnósticos e ampliou sua atuação para outras áreas.

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Entre as inovações, destacam-se:

•    Ampliação da testagem para doenças respiratórias e tropicais, como influenza, dengue, zika, chikungunya, febre amarela, febre do Mayaro e febre do Oropouche;
•    Inclusão de testes para infecções sexualmente transmissíveis, como clamídia, HPV e monkeypox (Mpox);
•    Implementação de um painel diagnóstico de 18 patógenos respiratórios, incluindo influenza A (H1, H3), influenza B, rinovírus, coronavírus e vírus sincicial respiratório (VSR), entre outros.

Para celebrar o 49º aniversário, o Lacen preparou uma programação especial durante a semana, com palestras e terapias integrativas como auriculoterapia, reiki, barra de access e fitoterapia voltados aos profissionais que atuam na unidade.

A diretora do Lacen, Elaine Cristina de Oliveira, explicou que a programação em comemoração ao aniversário é voltada aos servidores do laboratório como uma forma de valorizar aqueles que trabalham com dedicação e prestam um serviço de excelência.

“Neste aniversário, celebramos mais do que o tempo de existência do Lacen, celebramos cada servidor que, com dedicação, faz deste laboratório um pilar essencial da saúde pública de Mato Grosso. Por isso, preparamos uma semana de cuidados especiais voltada para os servidores que tanto contribuem para fazer do Lacen um laboratório referência no Estado”, concluiu.

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Estudo revela déficit de 5 milhões de hectares de Reserva Legal no Mato Grosso e alerta para risco de embargos  

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Durante reunião realizada entre o Fórum Agro MT e a Frente Parlamentar da Agropecuária de Mato Grosso (FPA-MT), o perito da Polícia Federal, Bernardo Tabaczenski, apresentou estudo que trouxe números alarmantes sobre a situação da Reserva Legal no Mato Grosso, especialmente no bioma amazônico. O levantamento, baseado em dados oficiais do Cadastro Ambiental Rural (CAR), revela um déficit de 4,9 milhões de hectares em todo o bioma de áreas que precisam ser compensadas ou recuperadas no estado.

Segundo Tabaczenski, que ocupa cargo técnico-científico na PF, os resultados foram assustadores. “Eu obtive números que julguei assustadores. Hoje, no bioma amazônico de Mato Grosso, temos quase 29 milhões de hectares de imóveis rurais cadastrados. O déficit de Reserva Legal chega a 5,6 milhões de hectares”, afirmou.
O estudo foi apresentado no InterForensics 2025, em Curitiba, e no Conbrap 2025, em João Pessoa, e contou com a participação de outros dois peritos criminais federais.

De acordo com Tabaczenski, a falta de regularização pode trazer sérios impactos para o setor produtivo. “Essas áreas, quando não regularizadas ambientalmente, correm risco de embargo. O custo de recuperação é altíssimo. Imagine recuperar áreas produtivas em Sorriso ou Nova Ubiratã, que valem milhões. Isso é um fantasma para o produtor”, destacou.

O levantamento aponta que, mesmo considerando todas as áreas privadas passíveis de compensação em unidades de conservação, o número não chega a 700 mil hectares — muito abaixo da necessidade. “Dos 4,9 milhões de hectares de déficit, 4,2 milhões estão totalmente desprotegidos. Isso equivale a um terço da área de soja plantada em Mato Grosso. Ou regularizamos, ou haverá embargos. O problema é urgente”, afirmou.

Apesar de a legislação federal e um decreto estadual permitirem compensação em outros estados da Amazônia Legal, a Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema) tem dificultado a aplicação da medida.

“Existe todo o caminho legal para permitir compensação fora do Estado, mas a Sema ainda não percorreu. Talvez falte o conhecimento da realidade dos dados para que haja uma ação mais efetiva. Enquanto Pará e Rondônia já compram reservas em outros estados, Mato Grosso, que sempre foi vanguarda, está ficando para trás”, alertou o pesquisador.

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O deputado estadual e presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, Carlos Avallone se manifestou sobre o tema, e defendeu alterações na legislação para permitir maior flexibilidade.

“Isso traz uma lupa em todo esse processo ambiental e mostra que precisamos sair na frente e autorizar que possamos comprar áreas de compensação em outros estados”, declarou.

Avallone afirmou que pretende articular com o governador Mauro Mendes e com a Assembleia Legislativa para viabilizar uma solução que dê segurança ao setor produtivo. “Se não resolvermos essa questão, o risco de embargo para o produtor será enorme. Temos que permitir que tudo seja feito de forma transparente e legal, porque o déficit é perigoso e precisa de solução urgente”, concluiu o parlamentar.

Já o deputado Nininho manifestou forte preocupação com a dificuldade de regularização e com o impacto das mudanças na legislação ambiental. “Acredito que esse déficit seja resultado de alterações na lei que mudaram os critérios de exploração. Antes, em áreas de floresta, era permitido utilizar 50%, hoje só 20%. No Cerrado, caiu de 80% para 65%. Isso dificultou ainda mais a vida do produtor”, afirmou.

Nininho defendeu a união entre Assembleia, Governo e entidades do setor para encontrar uma saída equilibrada. “Nós temos que fazer esse enfrentamento. Dialogar com a Sema e o Governo, de forma desarmada, para achar um critério justo, que seja bom para o meio ambiente, mas que não seja injusto com os produtores”, completou.

Lei Complementar 801/2024

Avallone também defendeu cautela na regulamentação da LC 801/2024 em Mato Grosso, o parlamentar destacou a importância da lei para fomentar a industrialização no estado. Aprovada pela ALMT e sancionada pelo governador, a LC aguarda, desde o mês de dezembro, sua regulamentação. O texto altera regras do Plano de Desenvolvimento do Estado, impactando incentivos fiscais e a concessão de armazéns, além de fomentar investimentos na industrialização.

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O deputado estadual Carlos Avallone (PSDB) afirmou que a lei representa um avanço, mas destacou que a regulamentação precisa ser feita com cautela, para evitar brechas que possam comprometer sua efetividade.

“É uma legislação que já foi aprovada e sancionada, dependendo apenas da regulamentação por decreto. Mas é fundamental que cuidemos dessa regulamentação para fechar as portas e não permitir nenhum tipo de subterfúgio que facilite práticas incorretas, que não é o que nós queremos”, declarou.

Minuta de alteração da fitofisionomia em Mato Grosso

O encontro também discutiu a minuta do projeto de alteração da fisionomia vegetal de Mato Grosso. De acordo com o deputado estadual Chico Guarnieri o projeto visa trazer mais segurança e objetividade aos técnicos.

“A grande verdade é que esse projeto que deve ser apresentado visa deixar as coisas mais claras e objetivas para os técnicos que farão a avaliação de tipologia. No passado, houve muitos problemas com esses analistas. Então, um texto mais claro, objetivo e transparente pode proporcionar segurança jurídica tanto para quem analisa quanto para os produtores”, pontuou.

O parlamentar Diego Guimarães destacou que o projeto traz segurança jurídica ao setor produtivo e que o novo texto será mais profundo e consistente.

“Nós precisamos que o que é floresta seja classificado como floresta e o que é cerrado, seja classificado como cerrado, o modelo que tínhamos era arcaico, injusto e era pouco profundo, nós precisávamos aprofundar e aí, reconhecendo depois o veto do governador, a Assembleia, juntamente com a FPA-MT, passou por esse novo momento do aprofundamento, esmiuçando um pouco mais, trazendo critérios extremamente objetivos, com a finalidade de trazer essa justiça e segurança jurídica para todos os envolvidos. Eu creio que o Mato Grosso vai estar em uma vanguarda gigante, caso a gente possa apreciar, aprovar e colocar na vigência uma lei deste tipo”, explicou.

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