AGRONEGÓCIO
Aprosoja MT será anfitriã da Abertura Nacional da Colheita da Safra 24/25
AGRONEGÓCIO
A Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja MT) será responsável pela Abertura Nacional da Colheita da Safra 2024/2025, marcada para o dia 7 de fevereiro, na Fazenda Esperança, em Santa Carmem. O evento, que coincide com a celebração dos 20 anos da Aprosoja MT, reunirá autoridades, produtores e representantes do setor, com o objetivo de refletir sobre as conquistas do setor nos últimos anos e discutir temas de relevância, como sustentabilidade, a realização da COP 30 no Brasil, biocombustíveis e a produção de alimentos. A transmissão será realizada pelo Canal Rural.
“Em 2025, a Aprosoja MT completa 20 anos de história. Durante esse período, a associação foi essencial para defender os interesses do setor junto ao poder público. A soja foi a cultura responsável pelo crescimento de Mato Grosso, permitindo o desenvolvimento de cidades com alto índice de qualidade de vida”, afirma o vice-presidente da Aprosoja MT, Luiz Pedro Bier.
A produção de soja em Mato Grosso tem mostrado um crescimento expressivo nas últimas décadas, com destaque para o aumento na produtividade. Ilson Redivo, vice-presidente norte da Aprosoja MT, destacou a importância da soja para a economia da região norte do estado. “A soja é o pilar do desenvolvimento e progresso de nossa região. Ela gera emprego e renda, aquece o comércio local e é responsável por grande parte da arrecadação de impostos”, afirma Redivo.
Entretanto, a produção e comercialização da soja ainda enfrenta desafios significativos. “Um dos nossos grandes desafios continua sendo a logística. Precisamos de uma infraestrutura eficiente, especialmente de ferrovias, para reduzir os custos e aumentar a competitividade da nossa soja no mercado global”, explica Bier.
Luiz Pedro Bier também ressaltou que, apesar da forte demanda global pela soja mato-grossense, o setor precisa se adaptar a um mercado cada vez mais competitivo, com custos de produção elevados. “O preço do grão caiu e os custos aumentaram. Isso faz com que a margem do produtor diminua, colocando em risco a sustentabilidade financeira de muitos negócios. Por isso, é urgente buscar alternativas, como a industrialização local da soja, que pode agregar valor e gerar mais emprego e renda para o estado”, observa.
A Aprosoja MT tem investido em diversas iniciativas para ampliar as oportunidades para os produtores. Projetos como o Circuito Aprosoja, que percorre mais de 30 núcleos de produtores, e o programa Soja Legal, que visa garantir a legalidade e a sustentabilidade da produção, são algumas das ações desenvolvidas. Além disso, a associação também conta com iniciativas sociais como o Agrosolidário, que distribui bebidas de soja e alimentos para famílias carentes em diversas regiões do estado, devolvendo à sociedade parte dos frutos da soja.
“No último ano tratamos várias pautas pertinentes, como a Moratória da Soja, a Lei Antidesmatamento da União Europeia e a COP 30, pois a sustentabilidade é uma das principais barreiras que pode fechar mercado para os produtores, e nós temos que continuar a ser proativos nesses assuntos”, destaca o presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber.
Com a abertura da colheita da soja 2024/2025, os produtores de Mato Grosso renovam seu compromisso com a evolução do setor, cientes dos desafios e das oportunidades que o futuro reserva.
AGRONEGÓCIO
A Moratória da Soja e a narrativa de caos ambiental: uma crítica à ABIOVE e ao Impacto no Desenvolvimento do Mato Grosso
Nesta semana, Bernardo Pires, diretor de sustentabilidade da ABIOVE, lançou duras críticas contra o Governador, prefeitos, vereadores e a Assembleia Legislativa do estado de Mato Grosso. Em tom ofensivo, o Diretor acusou o Governador de atender a interesses “extremistas” da bancada ruralista e de promover a destruição ambiental. Tal discurso, no entanto, desvia o foco das verdadeiras intenções e práticas de entidades como a ABIOVE, que, ao invés de promover a sustentabilidade de forma justa e transparente, tem construído uma narrativa de caos ambiental para lucrar com a venda de uma “solução sustentável” imposta aos produtores brasileiros.
A ABIOVE representa mais de 94% do mercado comprador de soja, e suas restrições afetam a vida de milhares de famílias que vivem em propriedades rurais do bioma amazônico, tratados como “sub-cidadãos” sob a ótica da ABIOVE. Esse controle da oferta de soja, que nenhuma relação tem com incentivo à preservação, restringe o direito constitucional à livre iniciativa, especialmente daqueles que cumprem todas as exigências do Código Florestal Brasileiro, um dos mais rigorosos do mundo. Dessa forma, a ABIOVE aufere ganhos financeiros com a soja “sustentável” no exterior, vendendo a imagem de preservação sem compartilhar os benefícios econômicos com os produtores brasileiros que seguem essas regras restritivas.
O modelo imposto pela ABIOVE desconsidera o impacto econômico e social nas regiões onde a produção agrícola é uma das principais fontes de desenvolvimento. Em vez de criar um sistema de certificação e rastreabilidade que permita atender aos anseios de clientes mais exigentes, como aqueles que demandam soja de áreas convertidas para a agricultura anteriormente a 2008, a ABIOVE aplica uma regra única a todos. Isso gera desigualdades sociais e regionais, prejudicando municípios do bioma amazônico que poderiam levar melhor qualidade de vida aos seus cidadãos. Ao desprezar essas comunidades, a ABIOVE cria uma segregação injusta entre municípios que já se desenvolveram e aqueles que, segundo sua visão egocêntrica, deveriam pagar o preço para que as empresas apresentem aos compradores o famigerado certificado de soja livre de desmatamento. Não bastassem todos os impactos sociais que o acordo comercial da Moratória da Soja causa à população desses municípios, a crueldade da ABIOVE não se limita, utilizando-se de fóruns importantes para demonizar quem produz no Bioma Amazônia.
A ABIOVE nunca destacou publicamente os resultados positivos alcançados pelos produtores brasileiros em preservação e sustentabilidade. Mato Grosso é um exemplo notável: apenas 14% do seu território é usado para a produção de soja, sendo que os agricultores locais respeitam uma legislação que exige a preservação de 80% de áreas nativas no bioma amazônico e 35% no Cerrado. Com práticas avançadas de conservação, os produtores mato-grossenses não só mantêm a vegetação nativa em suas propriedades, mas também aplicam o plantio direto, rotação de culturas e uso de bioinsumos, técnicas que aumentam a matéria orgânica do solo, reduzem sistematicamente a adição de insumos químicos e promovem o sequestro de carbono. Estudos da ESALQ comprovam que a agricultura brasileira é capaz de sequestrar até 1,6 tonelada de carbono por hectare ao ano, transformando a produção agrícola em uma atividade que contribui para a mitigação de emissões.
O projeto Guardião das Águas, desenvolvido pela APROSOJA em Mato Grosso, atesta o compromisso ambiental dos produtores. Com mais de 105 mil nascentes monitoradas, o estudo apontou que 95% dessas nascentes estão em bom ou ótimo estado de conservação, evidenciando o cuidado dos agricultores com os recursos hídricos. Essa prática é rara globalmente, especialmente quando comparada a regiões agrícolas da Europa e dos Estados Unidos, onde a preservação de áreas agricultáveis é mínima.
Com o discurso de que é a paladina da preservação, única e capaz de “erradicar o desmatamento,” a ABIOVE vende uma narrativa que não representa a realidade do agronegócio brasileiro, promovendo uma imagem injusta e depreciativa dos produtores. Além disso, o modelo de moratória imposto por essas empresas se mostra contrário ao desenvolvimento econômico de Mato Grosso e do Brasil, uma vez que restringe o livre comércio e nega aos produtores a oportunidade de usar suas terras de forma produtiva e dentro da legalidade.
Se o objetivo fosse realmente incentivar a sustentabilidade, as empresas signatárias da moratória deveriam assumir os custos de uma logística de segregação de produtos e implementar um sistema robusto de rastreabilidade, repassando esses custos operacionais aos compradores internacionais que exigem produtos com qualidades específicas. No entanto, o que ocorre na prática é a imposição de barreiras para o desenvolvimento do mercado interno, limitando o acesso dos produtores a compradores e concentrando o poder econômico nas mãos de poucos. Ao captarem recursos com taxas de juros mais atrativas no exterior, alegando vender produtos sustentáveis, essas empresas maximizam seus lucros sem compartilhar esses ganhos com os produtores que cumprem as normas impostas pela moratória.
Em resumo, a Moratória da Soja, ao invés de ser uma medida que valorize e promova a sustentabilidade real, vem se tornando um instrumento de controle de oferta que prejudica o desenvolvimento de estados como Mato Grosso, cria barreiras para a redução das desigualdades sociais e projeta uma imagem equivocada do agronegócio brasileiro. O produtor rural brasileiro, principalmente o de Mato Grosso, já é modelo em preservação ambiental, conservação do solo e boas práticas agrícolas. O Brasil, com apenas 7,6% do seu território destinado à agricultura e mais de 66% do território nacional preservado com vegetação nativa, é um exemplo para o mundo, mas essa realidade é frequentemente desconsiderada no discurso de representantes da ABIOVE em conferências importantes, como no último congresso de crédito do agronegócio.
É hora de questionar se a moratória realmente cumpre o propósito de promover um desenvolvimento sustentável e inclusivo ou se tem sido usada como ferramenta para criar um problema que as empresas vendem como solução, beneficiando-se financeiramente às custas da sociedade brasileira e da imagem do país na comunidade internacional.
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