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Workshop em MT debate o uso da inteligência artificial para impulsionar a agroindústria

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A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci) realizou o Workshop “AI para Agroindústria”, nesta terça (10.12) e quarta-feira (11.12), em Cuiabá, com representantes do poder público, empresas de referência mundial e universidades.

Também participaram da organização as empresas Lenovo e Intel, além do Parque Tecnológico de Mato Grosso.

Para os especialistas, Mato Grosso pode se destacar, entre os estados do país, no uso da inteligência artificial na agroindústria.

“Mato Grosso pode assumir um papel de vanguarda nesse tema da inteligência artificial, que já é realidade no mundo, mas que nenhum Estado brasileiro tem ainda um programa específico para isso. Queremos, enquanto governo, ter um supercomputador, computação de alto desempenho, mão de obra qualificada, equipamentos e softwares que ajudem quem está no campo. Vamos fazer essa discussão principalmente a partir desse workshop”, afirmou o secretário Allan Kardec.

Um dos apresentadores no workshop, o secretário adjunto de Desenvolvimento Científico, Tecnológico e de Inovação da Seciteci, Rodrigo Zanin, também considerou que Mato Grosso pode se destacar com um inédito programa estadual para uso da IA na agricultura e pecuária.

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“Muita gente já usa inteligência artificial no campo, mas a partir de iniciativas privadas isoladas. Estamos fazendo diferente e somos o primeiro Estado a pensar esse tema como política de governo. Com a articulação entre universidade, indústria e governo, conhecida como tríplice hélice, tendo como catalisador o Parque Tecnológico de Mato Grosso, estamos trabalhando para que os avanços em IA sejam exercidos de forma soberana aqui”, afirmou Zanin.

O diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Lenovo no Brasil, Hildebrando Lima, explicou que a IA pode ser uma aliada no aumento da eficiência e produtividade da agroindústria.

“A IA pode ajudar em várias áreas. A gente tem a agricultura de precisão, com previsões climáticas e medições do solo, por exemplo. Essas são algumas das inovações que a Lenovo desenvolveu. Agora, nós estamos discutindo trazer essas parcerias aqui para Mato Grosso”, disse o diretor.

O gerente geral da Lenovo ISG Brasil, Claudio Stopatto, ressaltou o protagonismo de Mato Grosso no agronegócio brasileiro.

“Impulsionado pelo uso da tecnologia, o desenvolvimento do agronegócio pode ser ainda maior. Essa foi uma grande oportunidade da iniciativa privada junto ao governo de trazer soluções que são aderentes às necessidades do agro, principalmente em um Estado tão forte nesse mercado”, afirmou.

O diretor do Parque Tecnológico, Rafael Bastos, apontou que a IA “é algo que vai consolidar nosso Estado cada vez mais no cenário nacional e pode ser conduzido pelo Estado”.

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A agro é um dos setores que mais crescem no país. De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), só em 2021 mais de 800 milhões de pessoas no mundo foram alimentadas pela agricultura e pecuária nacional.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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