Search
Close this search box.
CUIABÁ

MATO GROSSO

Ciopaer realizou mais de 1,1 mil horas de voos para 1,3 mil atendimentos em 2024

Publicados

MATO GROSSO

Além de operações da Segurança Pública, o Ciopaer fez salvamentos em saúde, meio ambiente e atividades de bem-estar social.

O Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAer), da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), realizou 1.300 atendimentos entre os meses de janeiro e novembro de 2024, em operações voltadas à segurança pública, saúde, meio ambiente e bem-estar social. No total, foram mais de 1,1 mil horas de voo.

A unidade especializada em operações aéreas do Governo do Estado realizou 507 atendimentos operacionais em apoio às Polícias Militar, Civil, Penal e Federal, totalizando em 560 horas voadas.

Essas ações somam 130 operações policiais integradas que resultaram na recuperação de 42 veículos roubados e furtados, 12 ações de buscas e capturas de foragidos, 123 de patrulhamento aéreo preventivo e 78 de fiscalização ambiental em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

Também na área policial, equipes do CIOPAer atuaram em 23 voos de transportes de tropas operacionais para missões no interior do Estado em atividades como desarmamento de bombas, intervenções em presídios e entre outras ocorrências.

Na região da fronteira do Brasil com a Bolívia, as forças do Centro Integrado trabalharam em conjunto com o Grupo Especial de Fronteira (Gefron) na apreensão de mais de uma tonelada de entorpecentes.

Além disso, auxiliou o Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) no resgate de vítimas de um sequestro na capital, mantidas presas dentro de um veículo e sob a mira de armas. O CIOPAer localizou o carro e informou às equipes da Rotam, que realizaram a abordagem e detiveram os criminosos, resgatando as vítimas em segurança.

Leia Também:  Várzea Grande e Mato Grosso contemplados com importante cargo no MAPA pelo Ministro Carlos Fávaro

Meio ambiente

Na área ambiental, o CIOPAer apoiou o Corpo de Bombeiros Militar em 141 atendimentos de combate a incêndios, somando 250 horas de voo, sendo 225 no Pantanal. Nestes auxílios, foram feitos 29 resgates e 22 buscas e salvamentos feitos pelas equipes de operações aéreas.

A unidade também realizou a Operação Taquari 2, levando oito servidores, um helicóptero e uma viatura de apoio solo para o Rio Grande do Sul, por conta das enchentes entre os meses de abril e maio. Essa operação somou 49,8 horas de voo em missões humanitárias e de resgate no território gaúcho.

Nesta ocasião, as equipes efetuaram o resgate de 40 vítimas, seis animais e transportaram seis pessoas para tratamento médico de urgência. Além disso, a aeronave também colaborou no transporte de 11 equipes médicas para atendimento à população, e fez seis voos de reconhecimento de área.

Saúde

A colaboração com a Secretaria de Estado de Saúde (SES) também tornou possível 57 operações aeromédicas em cerca de 298 horas voadas. O Centro Integrado fez o transporte de 34 pacientes, além de nove atendimentos de transporte de pacientes para transplantes, em áreas mato-grossenses onde não há voos comerciais até pontos de onde pudessem seguir em outros voos.

O comandante do CIOPAer, tenente-coronel Ernesto Lima Júnior, destacou a importância das ações para Mato Grosso considerando os avanços que vêm sendo realizados na frota e na capacidade de funcionamento do Centro Integrado.

Leia Também:  Caminhão com carga de carne tomba e moradores fazem ‘limpa’; veja vídeo

“A política de modernização da nossa frota, implementada pela Secretaria de Segurança Pública, por meio do nosso secretário coronel César Roveri, segue as diretrizes do nosso governador Mauro Mendes, que tem como base a otimização de recursos e a eficiência dos serviços públicos. Estamos possibilitando mais quantidade de horas voadas e ampliação do número de atendimentos a custos menores para o Estado. Diante de todas essas ações, temos a percepção da importância da unidade de operações aéreas nas diversas áreas dos serviços públicos. A rapidez na mobilização de tropas no combate ao crime organizado, por exemplo, permite uma resposta rápida e à altura das forças de segurança pública à criminalidade”, disse ele.

O salvamento de vidas, com os resgates de vítimas, assim como o transporte de pacientes para transplante, ultrapassam a sensação de missão concluída ao finalizar uma escala de trabalho. “É gratificante ver a felicidade do paciente e da família desembarcando para uma nova jornada, a da cirurgia em que receberá um novo órgão, a chance de vida pela qual tanto esperava”, completou Lima Júnior.

O CIOPAer conta com 11 aeronaves em Mato Grosso, sendo sete aviões e quatro helicópteros em operação. Desde a sua criação, em 2006, até novembro deste ano, 16.646 atendimentos em 30.221,9 horas de voo foram realizadas.

 

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

MATO GROSSO

Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

Publicados

em

Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.

Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.

Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.

Leia Também:  Pesquisadores da USP testam técnica que diagnostica câncer em amostras de saliva e urina

Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.

Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.

Leia Também:  VÍDEO: Festival da Pamonha em Juscimeira termina sob forte chuva

Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.

A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA