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Análise: dedo de Tite faz Flamengo matar o jogo em cinco minutos e cozinhar Cruzeiro até o fim

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A era Tite no Flamengo começou com a cara do treinador. O início do texto é clichê e o título da matéria também, mas nada mais Tite do que uma vitória por 2 a 0, sem sustos e com impressionante solidez defensiva. “Não tem controle durante os 90 minutos”, disse o gaúcho após o jogo. De fato não houve: o Cruzeiro começou melhor, mas o Rubro-Negro pouco sofreu nos momentos em que o rival foi sutilmente dominante.

Nada clichê, porém, foi a capacidade de Tite de mudar um time ainda no primeiro tempo. A criatividade estava em desuso no Flamengo de Sampaoli, mas o gaúcho mexeu peças em seu tabuleiro e deu um xeque-mate que matou o Cruzeiro num intervalo de cinco minutos.

Flamengo cozinha o Cruzeiro no segundo tempo

 

O Rubro-Negro voltou do segundo tempo ainda mais senhor do jogo. Gerson era a representação disso pelo lado direito. Mandava e desmandava. Apanhava bastante de Marlon e Nikão, mas mantinha-se firme para, ao lado de Éverton Ribeiro, manter o controle nas mãos do Flamengo.

Flamengo teve um susto logo no início da etapa, quando David Luiz torceu o tornozelo direito. Pablo, que pouco jogava com Sampaoli, entrou bem e foi um dos símbolos de outro grande trunfo do time na vitória no Mineirão: a bola aérea. Ganhou todas as disputas por cima, algo que Fabrício Bruno, Pulgar e um participativo Pedro vinham fazendo com louvor também.

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Com Gerson e Ribeiro controlando a posse seja com dribles, timing ou passes de primeira, o Flamengo cozinhava o Cruzeiro. Dava até para ampliar caso Wesley, que fora importante com o pênalti sofrido e muita disposição, não errasse dois contra-ataques que pareciam cristalinos.

Houve um pequeno momento de instabilidade entre os 25 e 30 minutos do segundo tempo, quando o Cruzeiro começou a chegar com Mateus Vital e Nikão pelo lado esquerdo, mas aí a experiência de Rossi entrou em campo.

O goleiro argentino soltou duas bolas defensáveis e, ao sentir o momento do adversário, desabou no chão. Alongou-se, gesticulou e levou um cartão amarelo. Os quase cinco minutos de “cera” foram fundamentais para esfriar o Cruzeiro e rechaçar qualquer tipo de reação.

Enquanto Rossi ganhava tempo, Tite conversava com Gabigol, Everton Cebolinha e Arrascaeta. Por mais que não tenham feito diferença, os três entrariam na mesma sintonia dos que estavam em campo.

Segundos após as mexidas, Cebolinha recebeu pela esquerda, entregou a Pulgar, que deixou Gabigol em boa condição para finalizar. O chute saiu mascado. A atitude, porém, não passaria despercebida.

Independentemente do resultado da jogada, o importante é que Gabigol, embora ainda muito fora da área, mostrou-se dinâmico. Arrascaeta, mesmo sem estar no melhor que pode fisicamente, ajudou na construção e na tarefa de manter a posse com os rubro-negros, inclusive com um belo passe de letra para Cebolinha.

Flamengo foi clichê. Fez jus à fama de Tite, visto por muitos como melhor treinador do Brasil, e venceu com tranquilidade. Não tomou sustos, defendeu-se bem e soube ser letal. Se não teve o controle por 90 minutos, em nenhum momento deu qualquer indício que poderia ser derrotado.

Sem um futebol brilhante, Tite devolveu o Flamengo à “programação normal” de entrar como favorito contra os adversários. Por essa vitória solida, coloca-se em tal condição mais uma vez para o clássico de domingo contra um Vasco em ascensão.

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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