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Arquivo pessoal da cientista Maria Isaura ficará disponível online

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No Dia Internacional da Mulher, comemorado hoje (8), a Escola de Ciências Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV CPDOC) comunicou o recebimento do arquivo pessoal de Maria Isaura Pereira de Queiroz (1918-2018), uma das mais relevantes cientistas sociais brasileiras. O conjunto documental da cientista se soma a outros 16 arquivos pessoais de mulheres que já integram o acervo da FGV CPDOC.

Maria Isaura Pereira de Queiroz formou-se em 1949 pela Universidade de São Paulo (USP), onde se tornou assistente do sociólogo francês Roger Bastide na disciplina Sociologia I. No início dos anos 1950, estudou em Paris e, em 1960, passou a lecionar na USP. Foi a primeira mulher a receber o título de professora emérita da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFLCH) dessa universidade.

O arquivo de Maria Isaura é composto por documentos impressos, audiovisuais, fotográficos e textos e reflete uma ampla e original produção acadêmica que inclui documentos dos cursos ministrados por Roger Bastide e Antônio Cândido, registros de suas pesquisas acadêmicas, fichamentos produzidos ao longo de sua carreira e registros sobre sua atuação na USP, com foco especial nas atividades desenvolvidas pelo Centro de Estudos Rurais e Urbanos (CERU), do qual foi fundadora. Há ainda correspondência diversa e documentos sobre os prêmios que recebeu ao longo de sua carreira, entre os quais o prêmio Almirante Álvaro Alberto, mais alta condecoração científica no Brasil, concedido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq); e o prêmio literário Jabuti.

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Arquivo Maria Isaura Pereira de Queiroz (FGV CPDOC).  Arquivo Maria Isaura Pereira de Queiroz (FGV CPDOC).

Arquivo Maria Isaura Pereira de Queiroz (FGV CPDOC)

A nova aquisição é fruto do trabalho da FGV CPDOC para identificar e difundir os registros da atuação de mulheres brasileiras nos cenários político, científico e acadêmico do Brasil. A coordenadora do Programa de Arquivos Pessoais (PAP) da FGV CPDOC, Carolina Alves, destacou que o objetivo é dar maior visibilidade às histórias e trajetórias das mulheres brasileiras. Desde 2020, a FGV CPDOC, em parceria com o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da USP, o Arquivo Nacional e o Instituto Moreira Salles, mantém a Rede Arquivos de Mulheres.

Carolina Alves assinalou que o material de Maria Isaura será catalogado, vai passar por tratamento que pode incluir restauração de algum documento antes de ser digitalizado e, posteriormente, será disponibilizado online à consulta pública. Em janeiro deste ano, o CPDOC recebeu o arquivo de Carlota Pereira de Queiroz, primeira deputada federal do Brasil e tia de Maria Isaura, informou Carolina Alves à Agência Brasil.

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Outras mulheres cujos arquivos estão reunidos na FGV CPDOC são Delminda Aranha, Luiza Aranha, Rosalina Coelho Lisboa, Hermínia Collor, Hilda Machado, Niomar Moniz Sodré, Almerinda Farias Gama, Alzira Vargas do Amaral Peixoto, Celina Vargas do Amaral Peixoto, Anna Amélia de Queiroz Carneiro de Mendonça, Yvonne Maggie, Luiza Erundina, Silvia Escorel, Alba Zaluar, Mariza Peirano.

Acesso

Dos 17 arquivos femininos salvaguardados pela FGV CPDOC, dez estão disponíveis na internet. Carolina Alves informou que existe probabilidade grande de o arquivo da antropóloga Mariza Peirano, professora emérita do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília (UNB), ser organizado este ano.

A FGV CPDOC foi criada em 1973. Seu acervo é constituído por 229 arquivos pessoais, totalizando mais de 2 milhões de documentos. A organização desses arquivos e sua abertura à consulta pública está hoje totalmente informatizada por meio do sistema Accessus.

Edição: Kelly Oliveira

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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