BRASIL
Ataques golpistas são condenados em ato pela democracia na Cinelândia
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Em reação aos ataques de extremistas ocorridos ontem (8) em Brasília, movimentos sociais do Rio de Janeiro convocaram pelas redes sociais um ato em defesa da democracia. Mesmo com o tempo chuvoso, por volta de 17h, a praça da Cinelândia, no centro da capital fluminense, começou a ser tomada por manifestantes. Eles pregam o respeito ao processo eleitoral que consagrou a vitória de Luís Inácio Lula da Silva, que assumiu o posto de presidente da República no dia 1º.
Os ataques em Brasília foram realizados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que não obteve sucesso em sua tentativa de reeleição. Grupos que não aceitaram a derrota já vinham mantendo, desde o fim do ano passado, acampamentos em frente a edifícios do Exército em diversos estados do país e clamavam por uma invervenção militar.
Atos de vandalismo foram praticados no Palácio do Planalto e nas sedes do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF). Os prejuízos ainda estão sendo calculados. Mais de mil pessoas foram presas até o momento e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi afastado por 90 dias STF. Ele está sendo investigado por omissão, uma vez que não apresentou um plano de segurança capaz de proteger o patrimônio público.
A designer Caroline Thompson conta que ficou abatida assistindo às cenas de destruição dos edifícios situados na Praça dos Três Poderes.
“O que aconteceu ontem me deixou mal. Me deu uma tristeza grande. Eu não conseguia sair da cama. Quando vi a convocação para este ato, eu tinha que vir. Eu não aceito o que estão tentando implantar no Brasil. Não aceito violência, não aceito fascismo. O governo foi eleito e todos precisam aceitar”, contou a manifestante.
Caroline disse esperar que seja feita uma rápida investigação para cobrar, inclusive financeiramente, os responsáveis pela destruição. “Alguém financiou esses atos terroristas. E as pessoas que financiaram precisam ser responsabilizadas. Eles que têm que pagar por todos os danos”.
No carro de som, havia bandeiras de entidades sindicais, de organizações estudantis e de outros movimentos sociais. Lideranças se revezavam ao microfone. De tempos em tempos, a principal frase de ordem do ato era entoada em coro pelos presentes: “sem anistia“.
O estudante Pedro Paulo Pereira manifestou-se surpreendido com a mobilização.
“Não esperava tanta gente. Afinal de contas tudo aconteceu de forma muito repentina. O ato foi organizado muito em cima de hora e mesmo assim está sendo muito bem sucedido. É uma demonstração de força de todos os movimentos democráticos que não vão aceitar que vândalos bolsonaristas deprendem Brasília como fizeram. É preciso mostrar a união de todos os que respeitam o resultado das urnas”, avaliou.
Para Pedro, parte das pessoas que se dirigiram à Brasília foram manipuladas. “Penso que havia gente lá que acreditava que seria uma manifestação pacífica. E ao mesmo tempo, haviam pessoas querendo quebrar tudo. Então espero que o governo e as forças de segurança tenham muita sabedoria para encontrar os principais responsáveis e para desmobilizar esses grupos”.
Edição: Aline Leal
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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