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Aulas são suspensas em São Sebastião, em alerta devido às chuvas
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A cidade de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, segue em estado de alerta devido ao volume de chuva que atinge o município desde a noite de segunda-feira (12). Na costa sul, de acordo com a prefeitura, foram quase 250 milímetros de precipitações. Nesta manhã, a chuva ocorre com menos intensidade, mas ainda de forma contínua. Não há registro de destruição de casas, nem de desaparecidos, feridos ou mortos.
Ontem foram atendidas 20 ocorrências, que envolveram alagamentos, queda de árvores, queda de barreiras, além de vistorias. As aulas seguem suspensas nos bairros de Juquehy, Barra do Sahy, Cambury, Boiçucanga, Maresias e Toque-Toque Pequeno. Também não há registro de interdições ou bloqueios em rodovias da região até o momento, informou a prefeitura.
A suspensão das aulas, segundo a Secretaria Municipal de Educação, se dá em virtude do acentuado volume de chuvas previsto para esta quarta-feira (14) e para “garantir a segurança dos alunos, professores e outros funcionários”. As creches funcionam normalmente.
O governo municipal disse ainda que segue dialogando com as demais autoridades para monitorar a situação e garantir a normalização das atividades assim que as condições permitirem, inclusive com a possibilidade de retorno ainda hoje.
Os dados de monitoramento mostram volume de 206,03 milímetros de chuva nas últimas 24 horas e 248,53 mm nas últimas 72 horas. O esperado para todo o mês de junho é 101,1 milímetros.
Para atender as famílias afetadas, a prefeitura abriu três pontos de abrigo nessa terça-feira (13), e duas pessoas foram acolhidas nesses locais. Segundo o governo, o acolhimento se deu por decisão particular e não por necessidade de remoção.
Histórico
No começo deste ano, durante o carnaval, a cidade foi atingida por fortes chuvas, que provocaram a morte de 64 pessoas. Essa foi uma das maiores tragédias da história do estado. Foi também o maior acumulado de chuva de que se tem registro no país, atingindo a marca de 626 milímetros em São Sebastião. O bairro mais atingido na ocasião foi a Vila do Sahy.
Em entrevista à TV Brasil, o capitão Roberto Farina Filho, diretor de comunicação da Defesa Civil Estadual, disse que os fatores que provocaram as chuvas neste momento são diferentes dos observados em fevereiro, mas, como a região já foi muito afetada, a terra fica encharcada de forma mais rápida agora.
“Não tem mais aquelas árvores, aquela grama que tinha antes, então nós temos uma camada superficial menor, fazendo com que a água fique encharcada mais rapidamente, fazendo com que sejam gerados esses deslizamentos. Toda atenção neste momento é importante para que possamos manter a normalidade na região”, afirmou
De acordo com a Defesa Civil, a tendência é que a massa de ar que se desloca do continente se dissipe no oceano e que a chuva comece a diminuir. A temperatura, no entanto, seguirá baixa nos próximos dias. “Provavelmente, teremos chuvas até sexta-feira”, disse o diretor.
Orientações
Farina recomenda que motoristas que pretendam se deslocar para a região observem os alertas e busquem informações. “Nós temos canais da Artesp [Agência de Transporte do Estado de São Paulo], DER [Departamento de Estradas de Rodagem], que inclusive está no local fazendo operações de siga e pare em locais e trechos parcialmente danificados”.
Para quem mora em locais de risco, a orientação é observar o sinal de movimentação de terra. “Se você vê uma rachadura, uma trinca na sua residência, se observa um poste, uma árvore inclinada ou até um muro mais embarrigado, o muro que forma uma ondulação devido à pressão do solo, busque um local seguro e informe a Defesa Civil pelo telefone 199”, afirmou.
O capitão destaca ainda que, em situações de perigo, a população deve buscar o Corpo de Bombeiros no telefone 193. “É muito importante as pessoas ficarem atentas e observarem esses sinais de anormalidades em suas residências”, alertou.
Outros canais de informações da Defesa Civil são as mídias sociais (@defesacivilsp), o aplicativo Alerta SP e o SMS 40199. Quem tiver interesse em informações de determinada área, basta enviar um torpedo com o CEP e esse número passará a receber alertas.
* Com colaboração de Guilherme Jeronymo, da TV Brasil.
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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