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Biblioteca Nacional lança primeiro Glossário Ilustrado de Livros Raros

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A Biblioteca Nacional (BN) lançou nesta quarta-feira (9) o primeiro Glossário Ilustrado de Livros Raros e Acervos de Memória, elaborado pela equipe do Plano Nacional de Recuperação de Obras Raras (Planor) da instituição. Por enquanto, o glossário está disponível em formato digital. Ele é dedicado a pesquisadores em geral, museólogos, bibliotecários, arquivistas, ilustradores, entre outros profissionais. “O glossário tem uma amplitude muito grande em relação a interesses”, disse à Agência Brasil a chefe do Planor, Rosângela Rocha Von Helde. O glossário está disponível para acesso gratuito no site da Biblioteca Nacional.

A intenção do presidente da BN, professor Marco Lucchesi, é que a obra seja publicada posteriormente em papel. Rosângela acrescentou que a ideia é que o glossário possa ser impresso futuramente para encaminhamento às instituições públicas e privadas, que integram o Catálogo do Patrimônio Bibliográfico Nacional (CPBN), principalmente nas regiões Norte e Nordeste do país que “não têm acesso a grandes tecnologias”. Ainda não há previsão para impressão do glossário, porque isso demandará questões orçamentárias. O CPBN reúne dados de obras raras do século 15 até o século 19.

Primeiro projeto

O glossário é o primeiro projeto desse tipo elaborado pela equipe do Planor, “que traz não só a descrição, mas as imagens que, quase na totalidade, são do acervo da própria Biblioteca Nacional”. Segundo Rosângela Rocha Von Helde, a ideia é que o glossário seja ampliado, no futuro, com anexação de outros verbetes. No formato digital, existe um formulário para recebimento de opiniões e contribuições do público.

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“A gente pretende, no futuro, publicar uma edição revisada e aumentada. Por conta da materialidade e do conhecimento humano, não tem como dizer que ele está completo. Com certeza, não está [completo]. Ele vai precisar ser revisto e ampliado, mais de uma vez”. O Planor já tem, inclusive, outros verbetes que não puderam ser inseridos nessa primeira edição digital. Todas as obras citadas no glossário são de domínio público.

O glossário inclui mais de 100 verbetes e um conjunto de imagens diversas que apresentam curiosidades da terminologia aplicada a livros raros e acervos de memória. Em formato interativo, traz ainda hiperlinks que remetem a imagens e fontes bibliográficas do acervo da BN Digital. O projeto foi desenvolvido a partir da necessidade, identificada pelos técnicos da instituição, de criação de uma ferramenta técnica e especializada que elencasse informações padronizadas e contribuísse para a catalogação, elaboração de notas bibliográficas e descrição de livros raros e acervos de memória.

Planor

O Plano Nacional de Recuperação de Obras Raras (Planor) foi criado em 1983, com o objetivo de identificar e recuperar obras raras existentes na Fundação Biblioteca Nacional e, também, em outras instituições e acervos bibliográficos do país. Entre outras obras que o Planor já desenvolveu e publicou, Rosângela Von Helde destacou o Guia do Patrimônio de Acervos Raros e Antigos, que está na segunda edição. ”Nós tivemos uma primeira edição impressa, em 2012 e, em 2021, ela passou a ser em formato digital, disponível na página da BN, para ser acessada por quem precisar.”

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O Planor elabora também, semestralmente, um boletim informativo e realiza a cada dois anos o Encontro Nacional de Acervo Raro (Enar), para troca de informações e experiências com outras instituições. São promovidas ainda visitas técnicas e cursos de capacitação profissional, entre outras atividades. “Estamos sempre em contato com as instituições que têm acervos de memória no Brasil, buscando outros projetos que possam trazer contribuição para a identificação e preservação do patrimônio mais precioso do país”, destacou a chefe do Planor.

Inaugurada em 1810, por Dom João VI, a Biblioteca Nacional é a mais antiga instituição cultural brasileira e, também, a maior biblioteca da América Latina.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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