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Buscas por desaparecidos se concentram em bairro isolado
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A força tarefa que busca desaparecidos em São Sebastião, no litoral norte paulista, vai concentrar os trabalhos hoje (21) na Barra do Sahy. O bairro é um dos mais atingidos pelos deslizamento e enxurradas do fim de semana, e, segundo a Defesa Civil estadual, tem o maior número de pessoas desalojadas e desaparecidas. O local só é acessado por barco ou helicóptero. Em alguns pontos, não há sequer conexão de internet ou sinal de celular. Alguns desses locais estão até 50 quilômetros distantes do centro do município.
Na manhã de hoje, as equipes trabalhavam com o número de 40 desaparecidos e 40 mortos em toda a região. Os temporais do fim de semana deixaram ainda 1,7 mil pessoas desalojadas e 766 desabrigadas na região.
Estradas bloqueadas
Estão sendo feitos esforços também para desobstruir as estradas da região, que tiveram diversos pontos bloqueados pelos deslizamentos de terra. Para esses trabalhos, estão sendo usadas máquinas escavadeiras. Na manhã de hoje, foi possível liberar um trecho da Rodovia Rio-Santos entre Boiçucanga e Camburi. Ontem (20), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse que há indícios que partes da rodovia podem ter sido completamente destruídas.
Na Rodovia Mogi-Bertioga, a previsão é que precisem ser investidos R$ 9,4 milhões em 6 meses de obras para reconstruir o trecho onde houve rompimento da tubulação que recebe águas pluviais.
Mutirão
Ontem, moradores da Topolândia, um dos bairros que fica próximo ao centro do município, trabalhavam em mutirão para retirar a lama e o entulho das ruas e poderem acessar as casas. O esforço era acompanhado por máquinas e caminhões. Voluntários distribuíam doações e água para os envolvidos nas atividades e para as famílias que ficaram desabrigadas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também esteve no município e prometeu que serão construídas casas para as pessoas que perderam a moradia em áreas que não tenham riscos semelhantes.
A Defesa Civil Nacional reconheceu o estado de calamidade pública em São Sebastião, Caraguatatuba, Guarujá, Bertioga, Ilhabela e Ubatuba, os municípios do litoral norte mais atingidos pelas chuvas do fim de semana.
Edição: Fernando Fraga
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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