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Caminhos da Reportagem mostra histórias da Independência

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O Sete de Setembro nem sempre foi a data comemorativa da independência brasileira. Quando o então príncipe Pedro de Alcântara Francisco deu o brado “Independência ou Morte”, em 7 de setembro de 1822, em São Paulo, pouca gente soube do fato no início. Para se ter uma ideia, apenas 20 dias depois, um jornal carioca comentou sobre isso.

Tanto é que inicialmente, a data oficial de comemoração da independência brasileira era 12 de outubro, dia em que o príncipe se tornou Dom Pedro I, imperador do Brasil. Apenas alguns anos depois, o Sete de Setembro passou a ser a data oficial. “Nós temos o célebre brado do ‘Independência ou morte’, mas na verdade, na época, ninguém comentou o Sete de Setembro”, conta Lúcia Bastos, Historiadora e professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Essa e outras histórias da Independência do Brasil serão contadas no programa Caminhos da Reportagem deste domingo (4), que será exibido às 22h, na TV Brasil.

“A independência não foi um berro às margens do Ipiranga, mas todo um processo que só vai acabar com a conquista das províncias do Norte, muitas guerras, muita gente morrendo fora do eixo Rio- São Paulo”, conta a historiadora Mary del Priore. 

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Entre os destaques, o Caminhos da Reportagem irá mostrar algumas dessas histórias que marcaram o nosso processo de Independência, como a guerra na Bahia, que só aderiu ao império brasileiro em julho do ano seguinte. 

A antiga província da Bahia se tornou palco também para presenças femininas importantes, como a de Maria Quitéria, primeira mulher a integrar as Forças Armadas e que foi condecorada por D. Pedro I como heroína.  A nossa parceira, TV Feira, foi até a sede do Memorial Maria Quitéria, em Feira de Santana (BA), cidade onde ela nasceu para contar parte dessa história. 

O programa aborda também a participação da futura Imperatriz Leopoldina nesse processo. “Quem está por trás do “Fico” (decisão de Dom Pedro I em permanecer no Brasil) é a Leopoldina porque ela tem uma visão mais preparada do que ele (Dom Pedro I)”, conta Paulo Rezzutti, pesquisador e biógrafo. “Ela vê que se Portugal continuasse reforçando essa questão de recolonizar o país, o Brasil logo estaria perdido para Portugal e também não era certeza de que a família continuasse no trono português porque aquele governo não ouvia o rei”, explicou. 

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Histórias ainda como a faceta de músico de Dom Pedro I e a participação de personagens ingleses, como o Almirante Cochrane, no nosso processo de independência são outros destaques do programa.  

Ficha técnica

Reportagem e produção: Aline Beckstein

Edição de texto: Luciana Góes 

Edição de imagens: Eric Gusmão, Mauro Fernandes, Flavio Molina

Apoio à produção: Thaís Chaves (RJ), Júlia Ballarini (SP) e Flávia Peixoto (DF)

Imagens: Gabriel Penchel, Sandro Tebaldi, Alexandre Nascimento, André Pacheco e Eusébio Gomes

Auxílio técnico: Yuri Freire, Adaroan Barros, Ivan Meira, Raimundo Nunes 

Drone: Eduardo Viné Boldt 

Operador de áudio: Eduardo Sá

Equipe TV Feira (Feira de Santana-BA):

Marcondes Araújo (reportagem)

Davi Cerqueira (imagens)

Edição: Vitor Abdala

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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