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Canecão irá novamente a leilão em fevereiro

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A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) republicou, hoje (5), o edital para a concessão do equipamento cultural multiuso no campus Praia Vermelha que será construído no local onde ficava a icônica casa de shows Canecão. A primeira tentativa de leilão, no mês passado, não aconteceu por falta de candidatos.

O novo edital mantém o valor mínimo de outorga, de R$ 625 mil, mas traz novidades, segundo a universidade, para diminuir restrições à entrada de potenciais licitantes. Tanto a etapa de entrega de propostas quanto a abertura dos envelopes e fase de lances ocorrerão no dia 2 de fevereiro.

Entre as modificações está a redução do valor de comprovação do patrimônio líquido para licitantes individuais de 10% para 5% do valor do contrato, disposto em R$ 181,3 milhões – o mesmo valor referenciado no primeiro edital. No caso de consórcio, esse valor será acrescido em 10%, sendo permitido o somatório dos patrimônios líquidos das consorciadas, sem que seja considerada a participação proporcional.

Outra mudança é a redução do valor mínimo do capital social da futura concessionária de R$ 40 milhões para R$ 20,5 milhões. Com isso, a quantia do capital social que deverá ser integralizada antes da assinatura do contrato de concessão foi reduzida de R$ 25 milhões para R$ 15 milhões. O edital completo está disponível no site da UFRJ.

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Para ser elegível à concorrência, a empresa precisa comprovar que tem experiência ou conta com um parceiro que já administrou espaços multiuso com capacidade para, pelo menos, 1.000 pessoas.

Regras

O período de concessão do chamado novo Canecão é de 30 anos. A empresa vencedora precisará fazer intervenções que chegam a R$ 137,7 milhões em todo o projeto, sendo R$ 53,7 milhões nas instalações acadêmicas e R$ 84 milhões na parte cultural.

Além de investir em equipamentos culturais, quem vencer terá que dar contrapartidas para a UFRJ, como construir um restaurante universitário no campus Praia Vermelha com capacidade para fornecer 2 mil refeições por dia, além de dois prédios acadêmicos no mesmo campus. Isso possibilitará que o Palácio Universitário concentre atividades de pesquisa e extensão das unidades ali atuantes.

O projeto conceitual prevê que o novo Canecão será em formato multiuso. Mas há a exigência de que a empresa selecionada ofereça pelo menos 3 mil lugares no módulo show, com público em pé, ou 1,5 mil lugares sentados. O uso do nome Canecão não é obrigatório, já que o espaço pode ser batizado com a marca de um patrocinador.

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Também será construído o Espaço Ziraldo, que poderá receber exposições e apresentações. Ele abrigará o mural produzido pelo artista para o antigo Canecão. Com 32 x 6 metros, a obra, inspirada nos traços de Picasso e Portinari, será restaurada pela universidade. A UFRJ terá direito a uso de 270 dias por ano do Espaço Ziraldo e a 50 dias por ano do espaço cultural multiuso.

Fechado desde 2010, o Canecão foi uma tradicional casa de espetáculos localizada em Botafogo, onde se apresentaram importantes artistas nacionais e internacionais. Em 2019, a universidade conseguiu o destombamento do espaço, o que permitirá a revitalização da área e construção de um novo espaço de cultura no local.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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