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Carnaval movimenta R$ 4 bilhões na economia do Rio de Janeiro
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Levantamento divulgado hoje (18) pela prefeitura carioca mostra que o carnaval movimenta R$ 4 bilhões na economia da cidade do Rio de Janeiro. O número consta do relatório Carnaval de Dados, apresentado no Palácio da Cidade. Durante o evento, o prefeito Eduardo Paes disse que a maioria das pessoas olha o carnaval como uma festa ou momento de diversão, sem refletir sobre o que o carnaval significa de fato. “E passamos a viver no Brasil um movimento de setores conservadores para acabar com o carnaval. Nós tivemos um agente político, durante quatro anos na cidade, que é a capital do carnaval brasileiro, trabalhando permanentemente para desmoralizar o carnaval. E nem pensava na economia. Vamos ter carnaval, vamos defender essa grande celebração pelo aspecto econômico e pelo aspecto cultural”, prometeu Paes.

Na ocasião, foi anunciada a realização de um mapeamento dos trabalhadores que trabalham para fazer o carnaval acontecer. Liderada pela Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento e coordenada pela Fundação João Goulart, a pesquisa busca conhecer o perfil de quem depende da data para trabalhar. Será disponibilizado, de imediato, um questionário para 43 mil trabalhadores de escolas de samba e blocos de rua, como soldadores, aderecistas, ritmistas, costureiras e ambulantes. Levantamento inicial da Fundação João Goulart identificou 75 diferentes ocupações relacionadas à festa.
O secretário de Fazenda e Planejamento, Pedro Paulo, lembrou que do ponto de vista econômico, já foi criada uma série de iniciativas para tentar proteger cadeias produtivas e enfrentar o momento difícil da pandemia da covid-19. Lembrou, entretanto, que apesar de o carnaval ter seus aspectos culturais, sentimentais, de tradição e sua história no Rio, tem um aspecto pouco explorado, que é a sua economia e seus impactos”. Com o mapeamento, o “objetivo é tentar reunir um conjunto de dados, entender essa economia para que a prefeitura possa ajudar ainda mais”, sinalizou Pedro Paulo.
Impostos
O Relatório Carnaval de Dados, feito em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação, revelou que os R$ 4 bilhões que movimentaram a economia carioca no carnaval, em 2020, representaram o dobro do valor registrado dez anos antes. “Temas importantes se destacam com o evento, como geração de renda, empregos e empreendedorismo”, comentou a presidente da Fundação João Goulart, Rafaela Bastos.
O estudo comprovou que a receita com Imposto Sobre Serviços (ISS) de serviços relacionados ao turismo é maior nos dias de folia do que em qualquer outra época do ano, alcançando R$ 25 milhões em fevereiro, contra a média mensal de R$ 21 milhões. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Chicão Bulhões, indicou que os números confirmam que o carnaval também é desenvolvimento econômico e tem impacto gigantesco na economia da cidade. “De acordo com estimativas da Confederação Nacional de Comércio (CNC), o Rio foi responsável por um terço das movimentações financeiras das atividades turísticas relacionadas ao carnaval no país, em 2020“, afirmou o secretário. Chicão Bulhões lembrou que a prefeitura lançou o programa Auxílio Ambulante Carnaval de Rua, que apoia com R$ 500 os ambulantes que trabalham no carnaval.
Foi anunciado também na ocasião o Samba Pass, projeto da Secretaria Municipal de Esporte que oferece, inicialmente, 100 vagas para mestre-sala, porta-bandeira e integrantes de comissão de frente das escolas realizarem atividades físicas na Vila Olímpica da Gamboa. O secretário de Esportes, Guilherme Schleder, informou que o atendimento começa a partir da próxima semana. “Será de terça a sábado, com dois professores de educação física, que também são mestres-salas”.
Sambódromo
O prefeito Eduardo Paes, acompanhado da secretária de Conservação, Anna Laura Secco, da presidente da Riotur, Daniela Maia, e do presidente da Rio-Urbe, Rafael Salgueiro, realizou, pela manhã, uma vistoria nas dependências do Sambódromo. A Passarela do Samba ganhou novos sistemas de drenagem, de prevenção e combate a incêndio, além da troca do asfalto da pista de desfile. Outros serviços foram feitos na Marquês de Sapucaí, como instalação de guarda-corpos, impermeabilização das lajes dos setores de arquibancada, reforço estrutural do prédio administrativo localizado no setor 1, instalação de castelo d’água no setor 7, exclusivo para casos de incêndio, e demarcação, pintada em amarelo, de rotas de fuga e assentos nas arquibancadas.
Desfiles
Em razão da pandemia da covid-19, os desfiles das escolas de samba foram transferidos para o feriado de Tiradentes, em abril. O calendário oficial do carnaval 2022, divulgado pela Riotur na semana passada, estabeleceu o seguinte cronograma: os desfiles no Sambódromo acontecerão nos dias 20 e 21/4 para a Série Ouro; 22 e 23/4, para o Grupo Especial; 24/4, desfile das crianças; e 30/4, desfile das campeãs. A apuração das escolas vencedoras será realizada na Cidade do Samba, no dia 26/4.
Já os desfiles na Estrada Intendente Magalhães preveem participação da Federação de Blocos, no dia 20/4; Grupo de Avaliação, no dia 21; Série Bronze, dia 22; Série Prata nos dias 29 e 30/4; e grupos de acesso B e C no dia 1º/5. No Terreirão do Samba, as atrações estão programadas para ocorrer entre os dias 20 e 23/4, além de 30/4.
Edição: Valéria Aguiar
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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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