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Casa Ema Klabin e Museu de Arte Sacra realizam visitas integradas
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Como parte da programação da Semana Nacional de Museus, a Casa Museu Ema Klabin e o Museu de Arte Sacra de São Paulo realizam visitas educativas para conhecer as duas instituições no sábado (21) e no domingo (22). As atividades acontecem às 14h30 e podem ser agendadas por formulários virtuais.
A Casa Ema Klabin reúne o acervo da colecionadora, falecida em 1994. As peças compõe um conjunto heterogêneo, com utensílios domésticos, mobiliários, itens de vestuário e obras artísticas de diversas épocas e partes do mundo, são exibidas na sede da instituição – uma casa de 900 metros quadrados construída na década de 1950 especialmente para abrigar a coleção. O imóvel fica no Jardim Europa, zona oeste paulistana, em frente ao Museu Brasileiro da Escultura e ao Museu da Imagem e do Som.
O Museu de Arte Sacra fica em uma ala do Mosteiro de Nossa Senhora da Imaculada Conceição da Luz, na região central da capital paulista. O acervo começou a ser constituído em 1907, por Dom Duarte Leopoldo e Silva, primeiro arcebispo de São Paulo, que recolheu imagens sacras de igrejas e pequenas capelas que eram demolidas à época. Na década de 1970, quando foi firmado um convênio com o governo do estado, a coleção foi significativamente ampliada.
A visita pretende mostrar quais são as relações possíveis entre os acervos de instituições construídas de maneira tão diferente.
A Semana Nacional de Museus é uma iniciativa do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) que chega neste ano a 20ª edição com o tema O Poder dos Museus. A proposta é mobilizar os museus do país em uma programação especial, com exposições específicas, seminários e palestras.
Edição: Valéria Aguiar


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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