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Cerimônia do Dia da Inconfidência em Ouro Preto não terá público
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Pelo terceiro ano consecutivo, o público não poderá acompanhar de perto a tradicional cerimônia do Dia da Inconfidência, tradicionalmente realizada em Ouro Preto (MG), a cerca de 100 quilômetros de Belo Horizonte. Devido às restrições sanitárias decorrentes da pandemia da covid-19, o governo mineiro se limitará a realizar, nesta quinta-feira (21), um ato apenas com a presença de autoridades e convidados.
Dedicada à memória de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (1746-1792), e celebrada em todo o país, a data ganha um sentido especial em Minas Gerais, sobretudo em Ouro Preto, a antiga Vila Rica. Berço da Conjuração Mineira – movimento que concentrou a revolta de parte da população local contra a Coroa portuguesa e pelo qual Tiradentes foi enforcado e esquartejado em 21 de abril de 1792 – a cidade todos os anos, nesta data, assume o status de capital política do estado por um dia.
Além de despachar na cidade, o governador Romeu Zema participará dos dois eventos oficiais alusivos à data. Na Praça Tiradentes, às 9h, Zema e convidados acompanharão uma cerimônia oficial de tiros, o hasteamento da bandeira e a colocação de flores no monumento a Tiradentes.
Na sequência, haverá um evento no Centro de Artes e Convenções da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), no qual serão homenageadas as personalidades e instituições agraciadas com a Medalha da Inconfidência por, segundo o governo estadual, terem contribuído para o desenvolvimento do estado e do país.
Entre os 170 homenageados, estão o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que receberá o Grande Colar, distinção máxima entre as quatro designações da Medalha da Inconfidência (as outras três são a Grande Medalha, a Medalha de Honra e a Medalha da Inconfidência). Também serão condecorados a técnica de enfermagem Maria do Bonsucesso Pereira, primeira pessoa a ser vacinada contra o novo coronavírus em Minas Gerais, em janeiro de 2021; o presidente da Academia Mineira de Letras, Rogério de Vasconcelos Faria Tavares, e o infectologista, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (Ufmg) e membro do Comitê Voluntário de Enfrentamento à Covid-19 em Belo Horizonte, Unaí Tupinambás.
Das 170 pessoas agraciadas nesta 70ª edição da entrega de medalhas, 86 foram indicadas em 2020, quando o evento não ocorreu devido à pandemia. Em 2021, não houve indicados, também em função da crise sanitária. Agora, em 2022, houve 84 contemplados.
Segundo o governo estadual, apesar da homenagem agendada para hoje, as medalhas físicas só serão entregues “em outra ocasião, ainda a ser informada”.
Edição: Fábio Massalli


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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