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Ceviche conquista espaço para gastronomia peruana no Brasil

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Cerca de 8 mil pessoas lotaram neste fim de semana o jardim do Palácio do Catete, na zona sul do Rio de Janeiro, para saborear a 10ª edição da Expo Ceviche, evento apoiado pelo Consulado do Peru no Rio de Janeiro e organizado pelo chef peruano Oscar Vasquez-Solis. Engajado na promoção da gastronomia peruana desde que chegou ao Brasil, há 13 anos, Solis comemora o crescimento do interesse dos brasileiros pelo ceviche, o famoso peixe marinado em molho ácido cada vez mais presente em restaurantes no Brasil.

“Quando a gente chegou aqui, os restaurantes peruanos tinham sushi bar na frente, para que o brasileiro pudesse entrar e conhecer o ceviche. Agora, é o contrário. Agora você come ceviche em qualquer restaurante japonês”, compara ele, que estima haver mais de 100 restaurantes peruanos no país. “Muita gente já conhece, mas, para mim, ainda falta muito. Temos cerca de 100 restaurantes peruanos no Brasil, enquanto na Argentina tem 1,2 mil. Falta muito a se fazer no Brasil. Mas, pouco a pouco, estamos ajudando”.

A Expo Ceviche faz parte desse esforço, e já ocorre há dez anos. Foram cinco edições em São Paulo, três no Rio de janeiro e duas remotas, durante a pandemia de covid-19. Solis esclarece que a gastronomia peruana vai muito além do ceviche, mas reconhece que esse é seu “prato-bandeira”.

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“Meu sonho é que o ceviche esteja em qualquer cardápio do mundo, como estão o carpaccio e a salada caesar”, afirma ele, que vê uma identificação natural entre o ceviche e o Rio de Janeiro. “No Brasil, as pessoas estão abertas ao ceviche. Sobretudo aqui no Rio, onde se come três vezes mais peixe que em São Paulo. O carioca fica feliz porque é um prato light, muito glamouroso e com muita proteína”.

O crescimento da visibilidade da gastronomia peruana é um resultado do aumento de seu reconhecimento internacional, com sucessivas premiações de chefs e restaurantes do país entre os melhores do mundo. O Central, em Lima, é hoje o primeiro colocado no principal ranking de restaurantes.

Rio de Janeiro (RJ), 23/07/2023 - Chef peruano prepara ceviche na Expo Ceviche 2023, 10ª edição do evento que promove a gastronomia e a cultura do país, no Palácio do Catete. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil Rio de Janeiro (RJ), 23/07/2023 - Chef peruano prepara ceviche na Expo Ceviche 2023, 10ª edição do evento que promove a gastronomia e a cultura do país, no Palácio do Catete. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Rio de Janeiro (RJ), 23/07/2023 – Chef peruano prepara ceviche na Expo Ceviche 2023, 10ª edição do evento que promove a gastronomia e a cultura do país, no Palácio do Catete. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil – Fernando Frazão/Agência Brasil

Solis considera uma pergunta difícil classificar se a comida peruana já deixou de ser uma novidade no Brasil, mas ressalta que, apesar de sua ascensão recente, ela é herdeira de uma tradição milenar.

“Tem receitas de ceviche de 2 mil anos atrás. Povos antes dos incas já comiam ceviche. Vieram os incas e depois os espanhóis. Então, tem uma cultura muito vasta e milenar no Peru, que também se mistura com outras colônias como a japonesa, a chinesa e a italiana. Muitas gastronomias se juntaram para criar o que é agora a grande gastronomia peruana”, afirma ele, que vê na mesa uma forma de aproximação entre os dois países. “Gastronomia é integração. Todo mundo gosta de comer e der comer bem. A gastronomia une os países, e os eventos gastronômicos são culturais”.

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A oferta de ceviche, drinks com pisco e outros pratos nacionais do Peru fez com que cariocas e turistas lotassem a feira, formando longas filas para comprar os pratos. O médico equatoriano Pablo Gallegos mora no Rio de Janeiro há três anos e conta muitas vezes sentir saudade de uma oferta maior de restaurantes peruanos.

“No Equador, tem muita culinária peruana. Aqui no Brasil, vejo que está começando a chegar”, conta ele, que também admira a gastronomia brasileira.

O médico acredita que o destaque que faz a comida do Peru ser tão apreciada é seu tempero, marcado pela acidez. “Eu acho leve, saudável, acho que tem várias características que atraem não só a mim, mas muitas outras pessoas”.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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