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Chacina no DF: dois criminosos fingiram ser vítimas para enganar família assassinada, diz polícia
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A Polícia Civil do Distrito Federal detalhou, nesta sexta-feira (27), as ações da quadrilha que matou dez pessoas da mesma família. Parte do grupo teria se feito de refém junto das vítimas para a realização dos planos.
De acordo com a versão policial, em ao menos três ações, parte do grupo fingiu não saber o que estava acontecendo. Cinco homens estão presos suspeitos pelo crime.
O grupo, formado por Gideon Batista de Menezes, Horácio Carlos Ferreira Barbosa, Fabrício Silva Canhedo e Carlomam dos Santos Nogueira, tinha como objetivo se apossar de uma propriedade da cabeleireira Elizamar da Silva, de 39 anos.
A chácara alvo do grupo é avaliada em R$ 2 milhões. Além dos quatro já citados, Carlos Henrique Alves da Silva e um adolescente também participaram do crime.
Segundo o delegado Ricardo Viana, da 6ª Delegacia de Polícia, no Paranoá, Horácio fingiu ser vítima na primeira ação, ocorrida em 28 de dezembro, na chácara da família.
“Horácio estava no interior da chácara, sabia de tudo isso em conluio com os demais. Colocaram ele no chão junto, como se fosse vítima”, afirmou Viana.
Nesta data, Marcos Antônio, sogro da cabeleireira, foi rendido junto de Horácio. Conforme a Polícia Civil, Marcos reagiu, levou um tiro na nuca e morreu. Renata e Gabriela, sogra e cunhada da cabeleireira, estavam no local, foram rendidas e levadas para um cativeiro em Planaltina.
A segunda vez em que os suspeitos se fingiram de vítimas foi em 4 de janeiro, quando a ex-mulher de Marcos, Cláudia Regina Marques de Oliveira, e a filha dela, Ana Beatriz Marques de Oliveira, foram sequestradas.
Segundo a polícia, os criminosos se ofereceram para ajudar com a mudança de Cláudia para uma nova casa. À época, Carlomam conseguiu acesso à nova residência da vítima e simulou um assalto.
“Ela [Cláudia] entra na residência, e Carloman assalta. Mais uma vez uma simulação. Gideon e Horácio se fazem de vítima, deitam no chão”, afirmou o delegado.
Cláudia e Ana Beatriz foram levadas para o cativeiro de Planaltina, onde ficaram sob ameaças até 15 de janeiro, quando foram mortas.
A terceira ação em que parte dos criminosos se fizeram de reféns ocorreu em 12 de janeiro. Foi durante o sequestro de Thiago Gabriel Belchior, sua esposa, a cabeleireira Elizamar e os três filhos do casal.
De acordo com a polícia, Horácio e Gideon atraíram Thiago e o restante da família para a chácara em que estavam. A investigação indica que Carlomam e Carlos Henrique renderam todos, com Horácio e Gideon se fingindo de vítimas.
Thiago foi amordaçado e feito refém no cativeiro, enquanto Elizamar e as crianças foram levadas até Cristalina, em Goiás, no carro da cabeleireira. Lá, o grupo ateou fogo no veículo, com Elizamar e os filhos dentro.
Thiago foi morto a facadas três dias depois, junto de Cláudia, ex-mulher de Marcos, e Ana, filha deles. Os três corpos foram enterrados em uma cisterna de uma área rural de Planaltina.
De volta ao cativeiro, os investigados pegaram Renata e Gabriela e as levaram de carro até Unaí, em Minas Gerais, segundo a Polícia Civil. Assim como fizeram com Elizamar e as crianças, eles queimaram o veículo com o carro das duas mulheres dentro.
As 10 vítimas da chacina são:
- Elizamar Silva, de 39 anos: cabeleireira;
- Thiago Gabriel Belchior, de 30 anos: marido de Elizamar Silva;
- Rafael da Silva, de 6 anos: filho de Elizamar e Thiago;
- Rafaela da Silva, de 6 anos: filha de Elizamar e Thiago;
- Gabriel da Silva, de 7 anos: filho de Elizamar e Thiago;
- Marcos Antônio Lopes de Oliveira, de 54 anos: pai de Thiago e sogro de Elizamar;
- Cláudia Regina Marques de Oliveira, de 54 anos: ex-mulher de Marcos Antônio;
- Renata Juliene Belchior, de 52 anos: mãe de Thiago e sogra de Elizamar;
- Gabriela Belchior, de 25 anos: irmã de Thiago e cunhada de Elizamar;
- Ana Beatriz Marques de Oliveira, de 19 anos: filha de Cláudia e Marcos Antônio.


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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