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Com previsão de chuva forte, sirenes voltam a soar em Petrópolis

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A Defesa Civil municipal voltou a acionar as sirenes em Petrópolis nesta tarde (21). A medida foi tomada diante da previsão de chuva moderada a forte nas próximas horas. Dos 18 dispositivos localizados próximos a áreas de risco, 15 emitiram o alerta.

Os moradores também receberam comunicado por mensagem de celular e por aplicativos. “O órgão solicita que as pessoas das áreas de risco fiquem atentas às recomendações de mobilização e necessidade de deslocamento para locais seguros, como os pontos de apoio, em situação de risco. Em caso de emergência, o telefone 199 deve ser acionado”, informou a Defesa Civil em nota.

Os alertas têm sido constantes desde o temporal que caiu em Petrópolis na última terça-feira (15), gerando enchentes e deslizamentos em diversos pontos da cidade. Segundo o governo do Rio de Janeiro, foi a pior chuva na cidade desde 1932. De acordo com o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, choveu 258,6 milímetros em apenas 3 horas. De lá pra cá, as sirenes já foram acionadas diversas vezes. Há o receio de que novos deslizamentos ocorram com as precipitações constantes.

Até o momento, há confirmação de 178 mortes. Segundo os dados atualizados, 110 moradores estão desaparecidos e 847 desabrigados. O município designou 12 escolas para que essas pessoas sejam atendidas pela Secretaria de Assistência Social. Os números já fazem da tragédia a maior da história da cidade. Uma outra catástrofe ocorrida devido às chuvas deixou 171 mortos em 1988.

Mais cedo, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) divulgou os resultados de um estudo onde estima uma perda de R$ 665 milhões no Produto Interno Bruto (PIB) de Petrópolis após o temporal. Segundo o levantamento, 65% das empresas da cidade foram diretamente impactadas e 85% não tiveram o funcionamento restabelecido.

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Governo

Na última sexta-feira (18), o governador Cláudio Castro anunciou um investimento de R$ 150 milhões para obras emergenciais na cidade. 

Hoje (21), anunciou a criação de um comitê para acompanhar as ações e despesas, de forma a garantir mais transparência às medidas adotadas. A estrutura será composta por representantes das secretarias estaduais da Casa Civil, de Governo, de Planejamento e Gestão, além da Controladoria Geral do Estado (CGE-RJ) e da Procuradoria-Geral do Estado (PGE). Integrantes do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) e da Defensoria Pública do Rio de Janeiro participarão como convidados.

Castro tem defendido os investimentos feitos pelo seu governo nos últimos anos em obras de contenção de encostas e de melhoria do asfalto e em programas habitacionais. O Portal da Transparência do executivo estadual mostra uma diferença significativa entre o orçamento previsto e o montante empenhado em 2021 na prevenção e resposta ao risco e recuperação de desastres. A dotação inicial era de R$ 402,8 milhões. No entanto, apenas R$ 192,8 milhões foram empenhados, o que representa 47,8% do estimado.

Segundo Castro, ações preventivas são desenvolvidas pelo governo. “Não se resolve 40 anos em um ou dois anos”, disse na semana passada. Ele reconheceu que a falta histórica de investimentos contribuiu para os estragos na cidade, mas também atribuiu a situação ao caráter excepcional da chuva.

Serviços públicos

Para resolver problemas mais imediatos da população, serviços públicos recorrem a novas estruturas e dinâmicas de atendimento. O Departamento de Trânsito do Rio de Janeiro (Detran-RJ) montou dois pontos, nos bairros Quitandinha e Alto da Serra, para emissão das carteiras de identidade e de habilitação aos moradores que perderam seus documentos.

A Polícia Civil também informou que está com equipes espalhadas na cidade colhendo registros de pessoas desaparecidas. Para facilitar o acesso a informações oficiais por parte de familiares, foi lançado na semana passada o Portal de Desaparecidos. A entrega da ferramenta, que estava em desenvolvimento há algum tempo e reúne ocorrências de todo o estado, foi antecipada diante da tragédia em Petrópolis.

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A concessionária dos serviços de abastecimento hídrico, Águas do Imperador, informou hoje (21) que ainda está realizando atendimento com uso de caminhão-pipa em cinco bairros: Floresta, Estrada da Saudade, Parque São Vicente, Caxambu e Pedras Brancas. Nas demais áreas, a situação estaria normalizada, com exceção dos pontos onde houve deslizamentos. “Toda água distribuída atende rigorosamente aos padrões de qualidade e potabilidade”, assegura a concessionária.

O calendário de vacinação contra a covid-19, suspenso desde o temporal, está sendo retomado. Sete postos de atendimento serão reabertos amanhã (22) e a imunização itinerante, voltada para crianças de 5 a 11 anos, já recomeçou hoje (21).

A preocupação com a transmissão de outras doenças também mobiliza a Secretaria Municipal de Saúde. Pessoas que tiveram contato com água da enchente ou que tiveram lesões de pele são orientadas a ficar atentas para possíveis sintomas. Aquelas que não estão em dia com o calendário de vacinação devem procurar um dos oito postos de saúde dedicados à atualização do esquema de doses do imunizante antitetânico que exige um reforço a cada dez anos. É preciso também atenção para a possibilidade de ocorrência de outras enfermidades como leptospirose, doenças diarreicas agudas e hepatite A.

As buscas pelas vítimas continuam. Segundo o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, 24 pessoas já foram resgatadas com vida. Para reforçar os trabalhos, mais de 80 militares de 15 estados e do Distrito Federal se somam ao contingente de 500 homens e mulheres da corporação fluminense. 

Edição: Lílian Beraldo

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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