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Defesa Civil fez 900 análises técnicas após chuvas em Petrópolis
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Desde terça-feira (15), quando um temporal atingiu Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, provocando alagamentos e deslizamentos, a Defesa Civil da cidade registrou 949 ocorrências, sendo 775 por deslizamentos de terra.
Segundo a prefeitura de Petrópolis, apenas na manhã de hoje (20), foram feitos 57 novos chamados. Até o momento, foram registrados 152 mortos e 165 pessoas continuam desaparecidas.
Na quinta-feira (17) voltou a chover forte na região e o tempo permaneceu instável no fim de semana, prejudicando a busca por desaparecidos. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a região continua com previsão de chuva intensa até amanhã (21).
A Defesa Civil está trabalhando nas vistorias em áreas afetadas e está com 26 equipes operacionais nas ruas hoje, para concluir cerca de 900 análises técnicas por toda a cidade, com o reforço de viaturas enviadas por diversos órgãos e voluntários, como o Grupo de Jipeiros.
Nas áreas atingidas e que oferecem riscos, foram retiradas 856 pessoas, que foram encaminhadas para os 12 pontos de apoio montados na cidade. Nos hospitais, foram socorridas 197 pessoas em decorrência das enxurradas e deslizamentos.
Abastecimento de água
O grupo Águas do Imperador, concessionária responsável pelo abastecimento em Petrópolis, informou hoje que as sete estações de tratamento de água (ETAs) estão operando regularmente e que o abastecimento foi normalizado nos distritos e na região central da cidade.
O abastecimento já foi regularizado nos bairros mais atingidos pelas chuvas: 24 de Maio, Castelânea, Atilio Marotti e partes altas do Valparaíso. A situação está em processo de normalização no Quitandinha, Floresta, Estrada da Saudade, Boa Vista, Caxambu e Dr. Thouzet.
No Alto da Serra e Vila Felipe o abastecimento está normal nas áreas onde não ocorreram deslizamentos. Em Pedras Brancas, as equipes buscam por vazamentos que estejam encobertos, impedindo a distribuição de água. Nesse bairro, o abastecimento está reforçado por caminhão-pipa, assim como no Parque São Vicente, onde 40 metros de redes foram substituídos, mas ainda há vazamentos.
Com o restabelecimento da energia elétrica na manhã de hoje no bairro Sargento Boening, foi instalada uma bomba provisória que deve normalizar o abastecimento a partir de amanhã. A instalação da concessionária no local foi destruída por uma barreira.
O grupo informa que o controle de qualidade da água distribuída foi intensificado desde quarta-feira e que todas as barragens da concessionária estão com níveis normais e não apresentam risco de rompimento.
Resgate de animais
Após o início dos deslizamentos e enxurradas, a Coordenadoria de Bem-Estar Animal (Cobea) já resgatou mais de 200 animais das áreas afetadas em Petrópolis, que estão sendo levados para um dos 39 lares temporários cadastrados pela prefeitura. Os animais feridos foram levados para clinicas voluntárias.
De acordo com a coordenadora do serviço, Raphaela Buriche, a Cobea está cadastrando voluntários para receber os animais de forma provisória e também médicos veterinários. Os interessados devem entrar em contato pelo telefone (24) 99204-0647.
“Estamos resgatando os animais que estão nessas áreas, pois muitos perderam seus tutores. Outros precisam de lares temporários, até seus tutores retornarem para suas casas e buscarem seus animais. Estamos precisando de mais voluntários para acolhimento dos animais que estão sendo resgatados. Toda ajuda neste momento é muito importante. Para os animais que estão com seus tutores e precisam de ajuda, estamos doando ração e ajudando no transporte, caso seja preciso”.
Edição: Denise Griesinger


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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