BRASIL
Dia de Finados tem pedidos de paz no Cemitério da Penitência no Rio
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Ao participar das celebrações do Dia de Finados na capital fluminense, nesta quinta-feira (2), o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, alertou para o momento de violência vivido atualmente em todo o mundo e fez um apelo pela paz. “Nos dias de hoje, duas coisas chamam atenção: a situação de guerra e [as] mortes que acontecem no nosso mundo, que machucam e marcam muito nossa sociedade. Precisamos viver e conviver na paz uns com os outros”, disse.
Uma bênção do arcebispo deu início à programação do Dia de Finados no Crematório e Cemitério da Penitência, no Caju, região portuária da capital fluminense. Em seguida, o padre Pedro Paulo Alves dos Santos celebrou uma missa na Capela Histórica, construída em 1905. Na hora da bênção coletiva de Finados, uma revoada de bolas brancas em memória dos entes queridos decorou o céu em torno do Cemitério da Penitência.
Uma mensagem do cardeal com um pedido de paz para o Rio, o Brasil e o mundo foi reproduzida em um painel gigante no topo do cemitério. “Saudemos a memória dos entes queridos e a Paz no mundo!”, mostra o painel.
A mensagem será exibida até domingo (5) em um telão de LED de 252 metros quadrados, no prédio vertical do Cemitério da Penitência, que pode ser visto dos principais corredores viários da cidade, a Avenida Brasil e a Linha Vermelha. A CEO do Crematório e Cemitério da Penitência, Karla Monielly, calcula que a mensagem seja vista por mais de 3 milhões de pessoas que circulam nas vias.
Em outra ação, um pedido de paz subiu ao céu por meio de pipas gigantes, de quase 2 metros, que foram empinadas por pipeiros profissionais. A ação foi para chamar a atenção para o uso de linhas sem cerol, que já provocaram vários acidentes com cortes que terminaram com a morte das vítimas. “A pipa faz parte da cultura popular, mas quantas mortes acontecem pelo uso inadequado da chamada linha chilena. A alegria momentânea da brincadeira pode trazer infelicidade para inúmeras famílias”, analisou Karla Monielly.
A música também serviu para outras homenagens neste 2 de novembro. Durante todo o dia, instrumentistas contratados pelo Cemitério da Penitência executarem composições de intérpretes e compositores que foram enterrados ou cremados no local, como Nelson Sargento, Bibi Ferreira, Paulo Debétio, Beth Carvalho, Moraes Moreira e os MCs Marcinho e Sapão.
A movimentação dos que queriam homenagear as pessoas queridas que já morreram foi grande durante este dia. A direção do Crematório e Cemitério da Penitência estimou em cerca de 5 mil o número de visitantes nesta quinta-feira.
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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