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Encontro promove imersão na cultura, sabores e povos do Cerrado

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Na semana em que se celebra o Dia do Cerrado, a capital brasileira receberá um dos maiores eventos sobre política, cultura e meio ambiente do bioma, que ocupa nada menos do que 24% do território nacional e está presente em 11 estados e no Distrito Federal, indo do Paraná até Rondônia, passando por São Paulo, Bahia e Maranhão. O 10º Encontro e Feira dos Povos do Cerrado ocorre de 13 a 16 de setembro, na região da Torre de TV, área central de Brasília. 

Com o tema Cerrado: Conexão de Povos, Culturas e Biomas, o evento promete reunir cerca de 10 mil pessoas, incluindo representantes quilombolas, indígenas, quebradeiras de coco babaçu, geraizeiros, entre outros povos tradicionais, definidos como comunidades herdeiras dos “saberes ancestrais e tradicionais que guiam, há inúmeras gerações, o manejo das matas e paisagens que fazem dessa rica savana uma das regiões mais biodiversas do mundo”, segundo o conceito elaborado na publicação Saberes dos Povos do Cerrado e Biodiversidade.

A programação, segundo a Rede Cerrado, que organiza o encontro, inclui discussões sobre combate ao desmatamento, gestão dos recursos hídricos, filantropia para o Cerrado, apresentações culturais e feira de comercialização de produtos da sociobiodiversidade.

“O evento será uma imersão profunda na defesa do bioma e vai reunir cerca de 500 representantes de comunidades e povos tradicionais do Cerrado. A feira, que será realizada paralelamente ao encontro com a venda de produtos das cadeias socioprodutivas do bioma, espera uma circulação diária de 10 mil pessoas para conhecer um festival de cores, sons e sabores da cultura da região”, diz texto sobre o encontro.

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Como parte da mobilização política, participantes vão se mobilizar, nesta quarta-feira (13), em audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 504/2010, que propõe a inclusão do Cerrado e da Caatinga entre os biomas considerados patrimônio nacional pela Constituição Federal. O tema da audiência é Cerrado e Caatinga, patrimônios do Brasil: riqueza presente, herança futura”. Já a abertura oficial do evento será no dia 14, às 16h, com a presença da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

Estão previstas oficinas, debates e mesas redondas sobre políticas públicas, mudança do clima, medicinas tradicionais, autodefinição e autodemarcação de povos e comunidades tradicionais, filantropia comunitária entre outros temas. A atriz Letícia Sabatella fará um show musical no dia 13. Personalidades como Marcos Palmeira, Gregório Duvivier, Giovanna Nader e Maria Paula já confirmaram presenças. Artistas e grupos musicais como Pé de Cerrado, Saci Wéré, Pereira da Viola, entre outros, estão na programação. Apresentações teatrais, de cultura popular como fiandeiras, canto de roda, quilombolas e indígenas são outras atrações confirmadas.

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Considerado o berço das águas do Brasil, o Cerrado é a origem das nascentes de oito das 12 bacias hidrográficas mais importantes do país. É também o segundo maior reservatório subterrâneo de água do mundo, formado pelos aquíferos Guarani e Urucuia. Apesar da importância para a segurança hídrica e agrícola do país, o bioma tem sido um dos mais devastados ao longo das últimas décadas, e viu o cenário piorar nos últimos anos, principalmente na região conhecida como Matopiba – acrônimo que se refere aos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. 

Realizadora da feira, a Rede Cerrado é composta por 60 organizações, em conjunto com mais de 300 parcerias, e tem como objetivo unificar vozes e esforços para conservar e enaltecer a riqueza do Cerrado. O evento tamém conta com apoio de entidades como o Instituto Sociedade, População e Natureza, Instituto de Pesquisa da Amazônia, WWF Brasil, Instituto Cerrados, Instituto Terra Azul, Funatura e dos ministérios do Meio Ambiente, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, além do Serviço Social da Indústria.

*Com informações de Lucas Pordeus León – repórter da Agência Brasil.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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