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Equipes encontram mais 5 corpos de vítimas de naufrágio no Pará

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As equipes de busca e salvamento às vítimas do naufrágio da lancha Dona Lourdes II localizaram mais cinco corpos nas últimas horas, elevando para 18 o total de mortos em decorrência do acidente ocorrido na manhã desta quinta-feira (8), perto da Ilha de Cotijuba, em Belém, no Pará.

Segundo o governo estadual, foram encontrados os corpos de duas crianças e três homens. Mais cedo, a Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup) já tinha anunciado que outros dois corpos foram localizados logo após o reinício das buscas, no começo da manhã de hoje (9).

Segundo o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Hayman Souza, equipes de profissionais dos Bombeiros e da Marinha continuam procurando por pessoas desaparecidas que podem estar presas sob a embarcação, no fundo do rio.

“Seguimos as buscas pelos desaparecidos. Estamos na estratégia de movimentar a embarcação, até porque ela não se encontra encostada no fundo do rio e isso coloca em risco a operação de mergulho, que é muito técnica e depende de algumas características do local”, explicou o coronel, em nota que o governo estadual divulgou esta tarde. “Nessa movimentação, provavelmente, outros corpos poderão ser encontrados”, acrescentou Souz, garantido que os trabalhos só serão encerrados quando todos os desaparecidos forem encontrados.

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As autoridades estaduais ainda não sabem ao certo quantas pessoas estavam a bordo da lancha no momento em que ela afundou. Segundo a Segup, embora a lotação declarada fosse de 82 pessoas, incluindo a tripulação, a incerteza decorre do fato de a embarcação funcionar irregularmente, embarcando passageiros em portos clandestinos.

Até as 18h, 65 pessoas que estavam a bordo do navio no momento do naufrágio foram encontradas com vida. Os dois últimos sobreviventes confirmados foram resgatados por ribeirinhos que os encontraram próximo à cidade de Ponta de Pedras (PA).

Ainda de acordo com o governo estadual, os corpos de sete das 18 vítimas fatais foram trasladados para Marajó, onde serão sepultados. Nesta manhã, o governo estadual disponibilizou um ferry-boat (balsa) para transferir dos corpos, além de sobreviventes e parentes das vítimas entre Belém e Marajó.

Outras quatro vítimas estão sendo veladas em Belém. Sete corpos já localizados permanecem no Instituto Médico Legal (IML) de Belém, para a realização de exames necroscópicos.

Irregular

A lancha Dona Lourdes II partiu de um trapiche irregular de Cachoeira do Arari, no arquipélago do Marajó, com destino a Belém, na manhã de quinta-feira (8). Segundo a Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Arcon), não só a empresa dona da lancha já tinha sido notificada devido a irregularidades, como a Marinha já tinha impedido que fossem utilizadas outras duas embarcações (Clicia e Expresso) não autorizadas a realizar o transporte de passageiros.

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Em nota, a Capitania dos Portos da Amazônia Oriental confirmou as informações da Arcon e acrescentou que instaurou um inquérito e convocará os responsáveis pela empresa proprietária das lanchas a prestar esclarecimentos sobre o acidente.

A Polícia Civil também abriu inquérito policial para investigar o acidente. Nesta tarde, o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, afirmou que os responsáveis pela embarcação, embora identificados, ainda não tinham sido localizados.

“Estamos trabalhando para localizar o responsável pela lancha, que já foi identificado. Tanto o homem responsável pela embarcação, como sua genitora, que emprestou a lancha, deverão ser ouvidos para que possamos esclarecer os fatos e encaminhar o resultado ao Poder Judiciário”, comentou o secretário.

A reportagem não conseguiu contato com os donos da lancha Dona Lourdes II ou com seus advogados.

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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