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Evento inédito resgata conexão cultural para o Parque do Flamengo

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Começa na próxima sexta-feira (15), às 16h, no Aterro do Flamengo, zona sul do Rio de Janeiro, o evento inédito Ar Livre Arte Livre, idealizado pela curadora franco-libanesa Amanda Abi Khalil, que assina a curadoria com a brasileira Ynaiê Dawson. O evento é totalmente gratuito, público e destinado a todas as faixas etárias. O evento ocorre também no sábado (16) e no domingo (17), a partir das 13h, no espaço entre dois marcos arquitetônicos do Parque do Flamengo: o Teatro de Arena e o Coreto Modernista.

Em entrevista à Agência Brasil nesta quarta-feira (13), Ynaiê Dawson informou que Amanda Abi Khalil morou no Rio de Janeiro durante algum tempo, daí sua relação com o Aterro do Flamengo. Amanda reside atualmente em Beirute, onde dirige uma plataforma sobre arte socialmente engajada, envolvendo projetos artísticos de arte pública e ocupação urbana.

Com base em sua relação com a cidade e o espaço do Aterro, que frequentou muito, Amanda começou a pesquisa sobre a arquiteta e urbanista Lota Macedo Soares (1910-1967), idealizadora do Parque do Flamengo.

“Lota foi a figura essencial, sem a qual não teria acontecido esse projeto ousado e que deixou esse legado importante para a cidade de um parque urbano, com as dimensões que tem, e que é um dos maiores parques urbanos do mundo”, disse Ynaiê. A ideia de Lota era que o Aterro do Flamengo fosse um espaço de convivência com o meio ambiente e, também, de encontros entre as diferentes classes sociais e culturais da então capital do estado da Guanabara.

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Conexão

O evento objetiva resgatar o legado do projeto inicial da arquiteta de conectar a arte, a natureza e a educação no local. “O projeto todo foi construído em cima desses pilares”, destacou Ynaiê. Com base nisso, os organizadores do evento fizeram um recorte de trabalhos de artistas que têm ligação com o espaço do Aterro e a história da cidade e realizaram uma chamada aberta para que aqueles interessados mandassem suas propostas.

O Ar Livre Arte Livre oferecerá aos visitantes instalações artísticas e participativas dos artistas Claudia Casarino, Guga Ferraz, Maria Nepomuceno, traplev e Zé Tepedino, além de oficinas de arte para crianças e adultos e apresentações musicais e artísticas. Segundo Ynaiê Dawson, a ideia é democratizar a arte e construir uma ponte com o planejamento original de que o Aterro fosse um lugar de encontro e convívio do público, além de trazer para esse espaço de lazer uma atividade de cunho cultural.

Evento inédito no Aterro do Flamengo Evento inédito no Aterro do Flamengo

Trabalho de Zé Tepedino no evento Ar Livre Arte Livre, , que começa sexta-feira no Parque do Flamengo – Foto: Divulgação

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A programação já pode ser consultada neste endereço.

Ainda com o objetivo de resgatar a história do Parque do Flamengo, Ar Livre Arte Livre inspira-se também nos Domingos da Criação, projeto de arte experimental realizado pelo crítico e curador de arte Frederico Morais, em 1971, nos jardins do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, situado no Aterro do Flamengo.

O projeto é uma iniciativa da Temporary Art Platform com apoio do Goethe-Institut, em parceria com o Consulado da França no Rio de Janeiro, no âmbito da cooperação cultural franco-alemã na cidade, o Juntes na Cultura.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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