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Festival D’Benguela comemora protagonismo das mulheres pretas
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Dar protagonismo às mulheres pretas, que nesta terça-feira (25) comemoram o Dia Internacional da Mulher Negra Afro-Latina e Caribenha e o Dia de Tereza de Benguela, é o principal objetivo do Festival D’Benguela, que será realizado das 10h às 16h no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab). O museu fica no bairro da Gamboa, zona central do Rio de Janeiro.

Tereza de Benguela, cujo dia é lembrado hoje, viveu no século 18 e foi casada com José Piolho, que chefiava o Quilombo do Piolho, até ser assassinado por soldados. Também conhecido como Quilombo do Quariterê, o quilombo ficava na atual fronteira entre o estado de Mato Grosso e a Bolívia. Com a morte de José Piolho, Tereza se tornou a líder do quilombo, que era o maior do estado, e, sob sua liderança, resistiu à escravidão por duas décadas.
Segundo a fundadora do Coletivo Avança Nega, Marcele Oliver, uma das organizadoras do festival, a intenção é fortalecer o empreendedorismo preto e dar visibilidade a essas mulheres. “É um dia para celebrar esse empoderamento”, disse Marcele à Agência Brasil. O evento reunirá 32 empreendedoras da cidade do Rio de Janeiro, que vão expor seus trabalhos como artesãs, estilistas, chefs e trancistas, entre outras profissionais.
Prêmio
Durante o encontro, será entregue o Prêmio D’Benguela para afroempreendedoras que se destacam em diversas áreas.
Marcele Oliver informou que a ideia é fazer o festival todo dia 25 de julho, tanto no Muhcab quanto em outros espaços. Ela enfatizou que se trata de um um evento para honrar todas as mulheres negras, tanto as que se foram quanto as que estão chegando. “Teremos um ato em memória de todas as mulheres que foram vítimas do sistema.”
Para Gabriela Azevedo, do Instituto Trança Terapia, outra organização idealizadora do festival, este é um dia de comemoração pelas vidas das mulheres negras e de conscientização da luta de todas elas.
Além do Coletivo Avança Nega e do Instituto Trança Terapia, participaram da organização do festival os grupos As Josefinas – Colab & Espaço Cultural e Mães de Wakanda, com apoio do Muhcab e da prefeitura do Rio de Janeiro.
Fonte: EBC GERAL
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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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