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Governo quer permanência de atual concessionária no Galeão
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O governo federal quer encontrar uma fórmula para decidir de maneira mais rápida e eficiente a situação do Aeroporto Internacional RIOgaleão- Tom Jobim, na Ilha do Governador, zona norte do Rio, que teve a sua outorga devolvida pela concessionária RIOgaleão, entre outros motivos pelos prejuízos provocados pela pandemia.
Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, a empresa fez a renúncia da concessão e agora uma das alternativas é analisar a possibilidade de desfazer este processo. “Como houve uma atitude de renúncia à concessão, vamos estudar para ver como podemos conseguir para que essa renúncia seja desrenunciada”, contou acrescentando que a RIOgaleão tem interesse em continuar na administração do terminal.
O ministro lembrou que solução semelhante foi aprovada na quarta-feira passada (18) pelo Tribunal de Contas da União para o Aeroporto Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, no Rio Grande do Norte. “Queremos encontrar esta fórmula. Essa semana, pela primeira vez, o Tribunal de Contas da União julgou um caso semelhante lá de Amarante no Rio Grande do Norte, então abriu a possibilidade da gente encaminhar de alguma forma, mas o importante é que temos a garantia de que o serviço está sendo prestado corretamente e nós precisamos voltar a ter no Galeão um grande equipamento de movimentação. Ele não é apenas um aeroporto. É a porta de entrada do Brasil e tem que ser tratado dessa maneira e foi o que o presidente Lula pediu que fizesse”, revelou.
França participou, neste sábado (21), de uma reunião no Terminal 1 do Tom Jobim para discutir o futuro deste e do aeroporto Santos Dumont, localizado na região central do Rio. No encontro também estavam presentes a ministra do Turismo, Daniela Carneiro; o presidente da Embratur, Marcelo Freixo; o prefeito do Rio, Eduardo Paes; e os secretários chefe da Casa Civil, Nicola Miccione, e de estado de Transportes do Rio, Washington Reis.
Na visão do ministro, uma das medidas que podem ser tomadas com mais agilidade para aumentar o movimento de passageiros no Tom Jobim é colocar no terminal mais voos regulares internos para abastecer os voos que vão para o exterior. “Isso é possível fazer. É uma competência do governo e vamos tentar fazer isso da maneira mais rápida possível”, contou.
Outras opções
Segundo o ministro, para seguir com a “relicitação” é preciso fazer vários cálculos, entre eles, de quanto seria a indenização a que a concessionária teria direito pelos investimentos já realizados no terminal, “Na verdade tem que devolver para ela o investimento que fez ou parte do investimento. Tudo isso não é feito por uma pessoa, passa pelo Tribunal de contas. Todas as operações que demoram muito não nos interessam. Nós queremos fazer uma coisa mais rápida. O mais rápido seria encontrar um mecanismo de quem está permanecendo, se ele encontrar uma fórmula de equacionar”, observou.
França não descartou a possibilidade de o governo assumir o controle do Tom Jobim, caso sejam esgotadas as alternativas para a permanência da RIOgaleão e não ocorrer outra concessão. “O governo é proprietário de 49% das ações e naturalmente em qualquer emergência tem a Infraero, uma empresa competente que tem 5 mil servidores públicos. Nós já gerenciamos vários aeroportos, mas queremos mesmo é que a empresa se sinta segura para fazer novos investimentos e possa ter outros investimentos no Brasil, não só ela como todas as outras”, indicou.
Carnaval
O ministro disse que ele e Daniela Carneiro tiveram a garantia do prefeito do Rio, dos representantes do governo estadual e da própria concessionária que o aeroporto funcionará “na plenitude” para atender ao público durante o Carnaval.
Porto de Santos
Sobre a privatização do Porto de Santos, como pretende o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, o ministro afirmou que diferente do governo passado, o atual está sempre aberto a ouvir todo mundo, inclusive as opiniões contrárias, mas ressaltou que essa decisão foi tomada na eleição. “Quando a população votou em maioria na posição do presidente Lula já sabia que não vamos vender as autoridades públicas. Esse é um formato que a gente não concorda. Vender a autoridade pública é como se vendesse a Polícia Federal ou a Polícia Militar de um estado. Essas autoridades não serão vendidas, elas pertencem ao povo brasileiro. Agora, pode concessionar ou privatizar, como e fala, serviços ou espaços públicos, como já fizemos em vários equipamentos”, afirmou.
Edição: Claudia Felczak
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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