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Ibama faz vistoria em Angra 1 para identificar possível vazamento
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Técnicos da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizaram na última terça-feira (4) e quarta-feira (5) uma vistoria conjunta na Usina Angra 1. O objetivo é de dar continuidade ao monitoramento do evento de liberação não planejada de efluentes radioativos no mar, ocorrido em setembro de 2022. A vistoria foi realizada duas semanas após o Ibama relatar o vazamento em Angra 1.
No dia 24 de março passado, o Ibama informou que a Eletronuclear demorou quatro meses para admitir o despejo de substâncias radioativas da usina nuclear Angra 1 no mar. O vazamento ocorreu em setembro do ano passado e, segundo o instituto, só foi reconhecido pela estatal responsável pelas usinas de Angra 1 e 2, em janeiro deste ano.
Em nota, a Cnen informou que a vistoria em dois dias desta semana “foi acompanhada por representante da Procuradoria da República em Angra dos Reis e incluiu monitoramento radiométrico e novo recolhimento de amostras, que serão devidamente analisadas pelo Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD) da Cnen. Foram selecionadas amostras de sedimentos e água, nos locais potencialmente afetados”.
As análises já realizadas pela Cnen anteriormente demonstraram que as liberações de efluentes ocorreram abaixo dos limites estabelecidos. No entanto, tão logo as novas análises do IRD fiquem prontas, será emitido novo relatório.
Por parte da Cnen, participaram da vistoria servidores da diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear, da Coordenação de Reatores, do Serviço de Segurança Radiológica e da Inspeção Residente, além de servidores do IRD. O Ibama enviou servidores da diretoria de Licenciamento Ambiental e da Coordenação-Geral de Emergências Ambientais.
Operação
A primeira usina nuclear brasileira entrou em operação comercial em 1985 e opera com um reator de água pressurizada (PWR), o mais utilizado no mundo. Com 640 megawatts de potência, Angra 1 gera energia suficiente para suprir uma cidade de 1 milhão de habitantes, como Porto Alegre ou São Luís.
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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