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Jardim Botânico vai lançar planos para proteger flora de duas regiões

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O Jardim Botânico do Rio de Janeiro está preparando dois novos Planos de Ação Nacionais (PAN) para proteger espécies vegetais brasileiras ameaçadas de extinção. Os planos são voltados para a preservação de plantas ameaçadas da hileia baiana e da bacia do Alto Tocantins.

O PAN da Hileia Baiana abrange 221 espécies de árvores de um trecho da Mata Atlântica que inclui 36 municípios do sul da Bahia, que tem uma fisionomia, solo e flora semelhantes à floresta de terra firme da Amazônia. Essa vegetação, que teria hoje menos de 40% da cobertura original, tem sofrido grande pressão por atividades como a plantação de cacau e a extração ilegal de madeira.

Já o PAN da Bacia do Alto Tocantins inclui 98 espécies que ocorrem em vários municípios das regiões norte, centro e leste de Goiás, além do norte do Distrito Federal. A previsão é que os dois planos sejam publicados até julho deste ano.

“Esses dois planos já passaram por oficinas de elaboração. Todo o processo participativo de elaboração já aconteceu. E hoje a gente tem as minutas de portaria do grupo de assessoramento técnico e do sumário do plano aguardando o respaldo jurídico para a publicação”, informou a coordenadora-geral do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNC Flora) do Jardim Botânico, Thaís Laque.

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PAN

Os PAN são instrumentos que preveem estratégias e medidas, a serem adotadas num prazo de cinco anos, para preservar a flora nacional. Todo o processo é acompanhado por um grupo de assessoramento técnico formado por representantes do governo, pesquisadores e outros integrantes da sociedade civil.

“As ações são as mais variadas, por exemplo, o monitoramento das espécies na natureza para entender de forma mais refinada como estão se comportando, a coleta de sementes, produção de mudas, reintrodução da espécie, sensibilização ambiental da comunidade”, explica Thaís.

Atualmente, há quatro PAN sendo executados pelo Jardim Botânico, o mais recente prevê a conservação de dois faveiros ameaçados de extinção: o faveiro-de-Wilson (Dimorphandra wilsonii) e o faveiro-da-mata (D. exaltata).

O PAN dos faveiros ameaçados de extinção é um desdobramento do PAN do Faveiro-de-Wilson, o primeiro implantado pelo Jardim Botânico, em 2015, e que foi concluído em 2020.

“A gente teve muitos ganhos [com o PAN], não só de um conhecimento melhor das populações da espécie, como também um conhecimento melhor de como tratar as sementes para germinação e produção de mudas. A gente conheceu melhor também os tipos de ameaças que incidem sobre a espécie. E, com esse banco de informações, a gente conseguiu reavaliar seu estado de conservação. Hoje sabemos que o faveiro-de-Wilson não está mais na categoria de criticamente em perigo para a categoria em perigo. Não significa que essa mudança está atrelada às ações do plano, mas, com mais conhecimento das populações, chegamos à conclusão de que essa espécie ainda está ameaçada, mas numa categoria menor”, disse a pesquisadora.

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Também estão sendo executados pelo Jardim Botânico os PAN das floras ameaçadas de extinção do estado do Rio de Janeiro (endêmicas), da região de Grão-Mogol (MG) e da Serra do Espinhaço Meridional (MG). Segundo Thaís Laque, os planos de ação nacional contemplam mais de 800 das cerca de 3.200 espécies vegetais ameaçadas de extinção no país.

Antes do Jardim Botânico assumir a coordenação dos PAN referentes à flora, em 2014, a função cabia ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que lançou os PAN das cactáceas, em 2010, e das sempre-vivas, em 2012.

Hoje o ICMBio é responsável pelos PAN referentes à fauna e pelos planos que envolvem fauna e flora, como o PAN do Manguezal e o PAN das Lagoas do Sul (RS).

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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