BRASIL
Livro reúne artigos sobre a produção estatística do país
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou hoje (30), na Biblioteca Nacional, o livro As Estatísticas nas Comemorações da Independência do Brasil, organizado pelo historiador oficial do órgão, professor Nelson Senra. O livro reúne artigos sobre a produção estatística do país desde o primeiro Censo Demográfico do Brasil, em 1872, passando pelo Centenário e pelo Sesquicentenário da Independência do Brasil.
Em entrevista à Agência Brasil e à Rádio Nacional do Rio de Janeiro, o presidente do IBGE, Eduardo Rios Neto, disse que a publicação traça a história do bicentenário sob o ponto de vista da estatística.
“A ideia é que o Bicentenário da Independência seja uma data estruturante para o IBGE no que tange à história das estatísticas”, expôs o presidente.
Novidades
Em outubro, o IBGE vai lançar um site lúdico, destinado ao público leigo e alunos do ensino médio, sobre o Bicentenário da Independência do Brasil, com uma linha do tempo que cobre o Brasil de 1822 a 2022. “Faremos também o lançamento de um almanaque dos censos brasileiros, em outubro. Essas duas coisas já estão praticamente prontas”, informou.
Uma terceira fase alusiva ao bicentenário será elaborada em conjunto com associações científicas e pretende contar a história desses 200 anos focada em fatos importantes. “A ideia, condizente com o IBGE, é focar o máximo possível em fatos, minimizando a interpretação, que é do usuário. Essa é a terceira fase que a gente teria nesse projeto”, adiantou Rios Neto, destacando que o objetivo é tornar esse produto permanente.
Participação
O professor Nelson Senra, pesquisador aposentado do IBGE e responsável pela organização do livro As Estatísticas nas Comemorações da Independência do Brasil, destacou que o instituto sempre esteve presente nos grandes eventos nacionais, como nos 50 anos de Brasília, nos 500 anos do descobrimento do Brasil, no centenário da imigração japonesa e, agora, no Bicentenário da Independência.
O livro reforça a participação da estatística nos grandes instantes do país, marcando os 150 anos do primeiro censo demográfico, em 1872 e, agora, o 13º Censo Nacional e o nono censo do IBGE, além da participação no Centenário e no Sesquicentenário da Independência, em 1922 e 1972, respectivamente. No censo de 1970, Senra salientou que o IBGE se renova, “dando grande atenção ao planejamento econômico e às estatísticas econômicas e sociais”.
Na avaliação dele, o censo de 2022 é inovador por ser realizado em um momento de grande desafio, em meio a uma pandemia. “Fazer censo em época de eleição não é, para nós, uma novidade. Nós já fizemos censo em época eleitoral. Isso não é difícil”.
“Difícil é fazer um censo em que, cada vez mais, os cidadãos têm medo de receber pessoas, de abrir portas. Mas isso é uma contingência que a gente também vai aprendendo a enfrentar e a superar”.
Renovação
De acordo com o organizador do livro, a obra mostra que o IBGE é uma instituição que sempre se renova, apesar do respeito à tradição. O fundador do IBGE, Mário Augusto Teixeira de Freitas, sempre insistiu na necessidade de o instituto fixar a tradição.
“Nós não temos que nos deixar revolucionar internamente, temos uma tradição a seguir, mas uma tradição que não fica fixa. É uma tradição que se renova, que se transforma o tempo todo. Nós não podemos ficar parados no tempo e o IBGE cumpre essa tradição sempre. A gente se renova o tempo todo. O IBGE jamais fica paralisado. Está sempre se transformando. Isso o livro mostra bastante bem”.
Ainda segundo ele, essa transformação está sempre vinculada aos desejos da sociedade. “A cada transformação de demanda da sociedade, o IBGE, ou a instituição anterior, estava respondendo à demanda da sociedade. Isso é importantíssimo. Nós nunca estávamos atrasados ou de olhos fechados à demanda da sociedade”, concluiu Senra.
Edição: Lílian Beraldo
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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