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Lula se reúne com general cuiabano nesta sexta e faz alerta: ‘quem quiser fazer política retire a farda’

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O presidente Lula (PT) irá se reunir com comandantes das Forças Armadas nesta sexta-feira (20). Segundo agenda oficial, o encontro tem como objetivo a apresentação de relatórios de trabalho. Nesta quarta-feira (18), porém, o presidente admitiu que pretende aproveitar para tratar da “despolitização” das instituições. A reunião ocorre em meio à tensão na relação entre Lula e os militares após os ataques terroristas em Brasília no dia 8 de janeiro e deve selar o destino do general cuiabano Júlio César de Arruda, comandante do Exército brasileiro que vem sendo acusado de proteger golpistas no dia dos ataques.

Em entrevista exclusiva à jornalista Natuza Nery, da GloboNews, Lula disse que já havia sinalizado aos comandantes em outra ocasião que gostaria de discutir com eles o fortalecimento do que chamou de “indústria da defesa no País”. “Brasil é um País muito grande, com uma fronteira muito grande, com uma população grande, então nós precisamos que as Forças Armadas estejam preparadas e fortalecidas para que a gente cumpra aquilo que está na Constituição”, frisou.

Segundo o presidente, o objetivo da reunião é ter acesso à realidade dessas instituições e que na oportunidade os comandantes devem lhe apresentar relatórios sobre a estrutura das Forças, que devem receber investimentos.

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Lula admitiu, porém, que pretende aproveitar para tratar da despolitização das instituições. “O soldado, o coronel, o sargento, o tenente e o general têm direito de voto, de escolher quem quiser para votar. Mas eles estão em cargos de carreira, eles servem ao Estado brasileiro, não é o Exercito do Lula, do Bolsonaro, do Collor ou do Fernando Henrique Cardoso. Eles têm que defender o Estado brasileiro e as instituições”.

Lula relembrou que definiu os atuais comandantes obedecendo ao critério de antiguidade e após ouvir a opinião de profissionais que já tinham atuado e conheciam a carreira desses militares. “Eu quero manter uma relação civilizada, eu já fui presidente por oito anos e convivi muito dignamente com as Forças. Não quero ter problema com eles e nem quero que eles tenham comigo. O que eu quero é que a gente volta à normalidade. As pessoas estão aí pra cumprir suas funções, não para fazer política. Quem quiser fazer política retire a farda, se filie em um partido e vá fazer”, pontuou o presidente.

General cuiabano

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A reunião também deverá sacramentar o destino do general cuiabano Júlio César de Arruda, comandante do Exército brasileiro.

Lula vem sofrendo pressão para demitir o militar desde que o jornal americano Washington Post afirmou em reportagem que ele teria atuado para proteger os golpistas bolsonaristas da prisão no dia do atentado aos 3 Poderes. O comandante teria dito ao ministro da Justiça, Flávio Dino, que não iria permitir as prisões, além de posicionar tanques e três linhas de militares na área sob controle militar.

O Ministério Público Federal (MPF) acatou uma notícia-crime apresentada pela deputada eleita Luciene Cavalcante (PSOL-SP) que denuncia o caso relatado na reportagem.

Nos bastidores, no entanto, Lula deverá manter Arruda no cargo para evitar desgastes maiores, além de entender que a demissão poderá abrir uma lacuna para a qual ainda não há um nome para preenche-la.

Relação com Múcio

O presidente Lula aproveitou a entrevista para afastar os rumores de que poderia demitir o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. O petista disse que mantém uma relação de amizade há anos com Múcio e garantiu que tem plena confiança em seu ministro.

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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