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Mesmo proibidos, blocos de carnaval atraem foliões pelo Brasil

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Apesar de o carnaval de rua ter sido oficialmente cancelado em estados onde a folia é tradicional, blocos não deixaram de sair e de atrair milhares de foliões. Diante das multidões, prefeituras optaram por ações de conscientização em muitos dos cortejos. Os eventos privados também foram alvos de ações. Os balanços oficiais, feitos nesta quarta-feira de cinzas, incluem vistorias, interdições e cancelamentos de eventos não autorizados. 

Na cidade do Rio de Janeiro, foram autorizadas, pela prefeitura, apenas as festas privadas, com apresentação obrigatória do passaporte vacinal. Blocos de carnaval, no entanto, tomaram as ruas da capital fluminense. 

Em nota, a Secretaria de Ordem Pública e a Guarda Municipal informam que foram desmobilizados 12 blocos clandestinos, sendo três no sábado (26), cinco no domingo (27), três nesta segunda-feira (28) e um na terça-feira (1º). 

“A Secretaria de Ordem Pública pautou suas abordagens no diálogo e conscientização; com foco na redução de possíveis danos em situações com multidões e também para evitar o bloqueio de vias”, diz a pasta. 

Em todo o estado, durante os quatro dias, foram cancelados 106 eventos não autorizados, segundo o governo. O planejamento especial da Secretaria de Estado de Polícia Militar para o feriado prolongado de Carnaval se estende até a próxima segunda-feira (6).

Salvador

Já em Salvador, o período do carnaval deste ano foi, na avaliação do prefeito Bruno Reis, “até mais tranquilo do que o do ano passado”.

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De acordo com Reis, as ocorrências foram pontuais e, mesmo com grande parte da população com a imunização contra a covid- 19 completa, não houve tantas aglomerações quanto no ano passado, quando a vacinação estava em estágio inicial em todo o país. 

O carnaval de rua na capital da Bahia foi cancelado em janeiro. Nas redes sociais, a prefeitura faz uma contagem regressiva para o reencontro, no carnaval de 2023. 

Em nota, a prefeitura de Salvador informa que, durante o período no qual aconteceria o carnaval, não houve nenhuma denúncia de blocos clandestinos nos trechos Barra/Ondina, Campo Grande/Praça Castro Alves e Pelourinho, regiões famosas pelos festejos carnavalescos.

Uma força-tarefa com órgãos municipais e apoio da Polícia Militar está na rua desde a última quarta-feira (23) para conscientizar os cidadãos a evitar aglomerações nas ruas, coibir o comércio não regulamentado e a poluição sonora, além de verificar o cumprimento dos protocolos sanitários de enfrentamento à covid-19 nos estabelecimentos comerciais.

Olinda

Em Olinda (PE), segundo a prefeitura, foram registradas aglomerações na região onde estão situados os bares na área histórica. Ainda não há um balanço final da operação de fiscalização. 

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Também em janeiro, a prefeitura cancelou as programações da folia e, em fevereiro, publicou decreto proibindo a realização de apresentações de música ao vivo e a utilização de equipamentos de som mecânico e eletrônico até as 6h de quinta-feira (3), em toda área que compreende o sítio histórico. 

Belo Horizonte

Em Belo Horizonte, a prefeitura optou por não apoiar financeiramente o carnaval deste ano nem realizar o cadastro de blocos ou investir em infraestrutura. Apesar disso, o Executivo municipal liberou as manifestações espontâneas. A Superintendência de Limpeza Urbana informa que os garis recolheram 100 toneladas de resíduos durante os quatro dias.

Durante o período, foram realizadas cerca de 1 mil vistorias, autuações e a checagem de denúncias feitas por moradores e do cumprimento dos protocolos sanitários durante os eventos autorizados na cidade. Foram interditados três estabelecimentos, localizados na Pampulha, por realizar evento sem licença e por poluição sonora.

O não uso da máscara foi a maior irregularidade verificada, seguida pela indisponibilidade de álcool em gel nos pontos estratégicos. A maior parte das ações fiscais gerou advertência. Não houve aplicação de multa nem apreensões. 

Edição: Lílian Beraldo

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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