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Minha Casa Minha Vida entrega 300 imóveis em município paulista
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Casado e pai de quatro filhos, de 3, 10, 13 e 15 anos, o porteiro de 42 anos, Gilmar Gonçalves Silvestre Júnior, mal consegue falar, tamanha a alegria por estar finalmente entrando na sua própria casa. Atualmente residindo em um imóvel de dois cômodos no fundo de uma igreja, onde figura como caseiro, ele esperava desde 2009 para realizar o sonho da casa própria.
A família já viveu na casa da mãe de Gilmar, da sogra e em diversas outras casas, morando de favor ou como caseiro em locais apertados para a família.
“É muita emoção saber que agora vou entrar no meu apartamento. Minha família, principalmente meus filhos, estão ansiosos. Eu já chorei bastante e confesso que nem acredito ainda. É um sonho que, para mim, parecia muito distante. Achei que este dia nunca chegaria. Estou muito feliz. Estas noites eu já perdi o sono, fiquei pensando se era real. E a estrutura ao redor do empreendimento está excelente”, afirmou.
A alegria de Gilmar e de muitas outras famílias beneficiadas deve-se à entrega de 300 unidades do Residencial Suzano 2, no município de Suzano, região metropolitana de São Paulo, dentro do orograma Minha Casa, Minha Vida. Mais 300 unidades deverão ser entregues até o fim do primeiro semestre, depois de a obra ter sido contratada em janeiro de 2015, paralisada em março de 2018, novamente em abril de 2021 e retomada em fevereiro de 2022.
A obra custou R$ 78,7 milhões, dos quais R$ 56,7 milhões do Fundo de Arrendamento Residencial da Caixa e R$ 12 milhões do governo de São Paulo. Cada unidade tem 50 metros quadrados (m²), dois quartos, banheiro, sala, cozinha e lavanderia.
Segundo o prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi, em 2017, havia uma fila de 16 mil famílias à espera de moradia. Depois de uma análise junto com o Ministério Público Estadual e as entidades bancárias, constatou-se que apenas 4 mil eram candidatas reais à moradia popular.
“Daí em diante mapeamos todos os empreendimentos que estavam em andamento na cidade e a situação de cada um. Fizemos cinco reintegrações de posse em empreendimentos que haviam sido ocupados irregularmente e continuamos as obras. Com a entrega desses empreendimentos, incluindo o Suzano 2, a fila no município cai para menos de mil pessoas”, afirmou o prefeito.
Ashiuchi ressaltou que, além dos prédios, a prefeitura providenciou equipamentos ao redor do Suzano 2, como uma unidade de pronto atendimento (UPA) 24 horas, uma unidade básica de saúde (UBS) e escolas, além de pavimentação, iluminação pública e novas rotas de transporte público, segurança e possibilidade e incentivo para que novas empresas se instalem no bairro.
“Temos também uma subprefeitura para atender o munícipe, que não precisará vir até o centro para qualquer reivindicação. Todo recurso é colocado no bairro e na região. Dessa forma, criamos um novo centro de geração emprego, saúde, educação para atender todas as famílias”, disse Ashiuchi.
De acordo com o secretário de Planejamento Urbano e Habitação de Suzano, Elvis Vieira, os beneficiados com as 600 unidades atendem aos critérios definidos pelo Minha Casa, Minha Vida no momento das inscrições. “Cinquenta por cento das vagas foram sorteadas entre os cadastrados naquela ocasião e 50% ficaram para as pessoas que residiam em áreas de risco”, explicou.
Elvis Vieira reconhece que o desafio da habitação é grande na cidade, mas disse esperar que, com a retomada do Minha Casa Minha Vida, Suzano possa planejar novas unidades para auxiliar na remoção das famílias que permanecem nos locais impróprios e beneficiar aquelas que ainda estão na fila.
“É um número expressivo de famílias que ainda precisam ser removidas das áreas de risco. Com a retomada do Minha Casa, Minha Vida, conseguimos ter uma perspectiva de novas unidades. Paralelo a isso, continuamos com o monitoramento e pequenas intervenções nesses locais. O que precisamos agora é de um pacto entre município, estado e governo federal para ter uma ação que amplie rapidamente o número de unidades a serem construídas, porque municípios como Suzano não têm recursos para construir sozinho empreendimentos como o Suzano 2, por exemplo”, afirmou o secretário.
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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