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Ministério Público tem plano para abrigos superlotados em Petrópolis

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A 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Petrópolis do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) está preparando um plano de ação para resolver a situação de risco de oito abrigos que enfrentam superlotação e acolhem pessoas atingidas pelo temporal de terça-feira (15) em Petrópolis, na região serrana do Rio. A classificação é baseada no número de abrigados em cada unidade.

Segundo o MPRJ, alguns dos pontos abrigam mais de 80 pessoas, foram considerados de alto risco e já registraram casos de covid-19 e de piolho por causa da aglomeração. A promotoria informou que as situações emergenciais já foram repassadas ao poder público.

“Nesse sentido, foi expedido ofício à Defesa Civil para que realize, em 24 horas, vistoria em cinco pontos de apoio. À Secretaria Municipal de Saúde, o MPRJ repassa informações em tempo real”, diz o Ministério Público. Há 1.100 pessoas nos abrigos, incluindo 346 crianças acompanhadas por responsáveis, 60 adolescentes, 107 idosos e 18 portadores de deficiência.

Secretaria de Saúde acompanha

Voluntários organizam distribuição de donativos em solidariedade às vítimas e desabrigados das chuvas em Petrópolis, na comunidade da 24 de Maio. Voluntários organizam distribuição de donativos em solidariedade às vítimas e desabrigados das chuvas em Petrópolis, na comunidade da 24 de Maio.

Em Petrópolis, voluntários são orientados sobre armazenamento de doações recebidas – Fernando Frazão/Agência Brasil

O secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe, acompanha, em Petrópolis, o trabalho da Vigilância Estadual nos abrigos que acolhem vítimas da tragédia que devastou a cidade. Técnicos da secretaria visitaram 42 locais, entre unidades de saúde, abrigos e igrejas.

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Há uma semana, desde que chegaram à cidade, equipes da Vigilância em Saúde do estado trabalham no suporte e atendimento à população petropolitana, em colaboração com servidores municipais. Como ações imediatas, o governo estadual enviou doses de reforço contra difteria, tétano e vacinas contra covid-19, além da distribuir equipamentos de proteção e de monitorar a qualidade da água. Além disso, foram enviadas ao município 5 mil máscaras faciais e 5 mil testes de antígeno para covid-19.

Chieppe disse que o objetivo das visitas a abrigos é fornecer orientações sobre atendimento e verificar as condições sanitárias dos locais. “Desde o primeiro dia, nossas equipes têm visitado as instalações, sejam igrejas, pontos de apoio, abrigos provisórios ou unidades básicas de saúde. Nosso objetivo é orientar e verificar se tais lugares têm as condições sanitárias necessárias para dar suporte aos desabrigados e desalojados e para armazenar alimentos, principalmente os perecíveis”, afirmou o secretário.

De acordo com a secretaria, até ontem (23), tinham sido vacinadas em abrigos 157 pessoas. “Elas receberam doses de reforço contra covid-19. Além disso, desalojados e voluntários são orientados sobre a importância do uso correto da máscara e pessoas com sintomas gripais estão sendo separadas das demais, para evitar a transmissão da covid-19”, informou a SES.

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As equipes da Vigilância Sanitária Estadual são compostas de enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas, médicos veterinários, biólogos e dentistas.

A preocupação dos profissionais não se resume à prevenção da covid-19. Eles repassam informações sobre cuidados na manipulação e no armazenamento de alimentos nos abrigos, além de colher amostras para avaliar a qualidade da água. Segundo a SES, até ontem, em oito abrigos foram detectados problemas na água.

O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Estado vem coletando dados sobre a tragédia que atingiu Petrópolis, município com população estimada em 307 mil habitantes, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nas visitas aos pontos de apoio, técnicos da Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde recolhem informações para alimentar o cadastro geral dos abrigados. “O objetivo é levantar as necessidades básicas de saúde e traçar um perfil dessa população, direcionando as ações conforme as necessidades de cada abrigo.

A SES acrescentou que continua apoiando o município no desenvolvimento de um plano de monitoramento dos “agravos que poderão acometer a população após as enchentes, tais como leptospirose e acidentes com animais peçonhentos, entre outros”.

Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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