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Ministro do Meio Ambiente faz balanço sobre a COP27

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Criação de um fundo de perdas e danos para auxílio dos países mais vulneráveis, avanço na criação de um mercado de carbono e até mesmo negociação com outros países para reconhecer quem tem floresta, sobretudo floresta tropical. Esses foram alguns marcos da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), apontados pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, em entrevista ao programa A Voz do Brasil desta terça-feira (6).

Segundo Leite, o mundo busca uma nova economia neutra em emissões e o Brasil é parte dessa solução. “Como que isso se dá? Negociações bilaterais, multilaterais, criando regras e propondo metas para os países”, falou. Leite disse que o Brasil fez um acordo com outras nações como Indonésia e Congo para esboçar um projeto de reconhecimento e remuneração para quem tem floresta, principalmente floresta tropical.

O ministro comentou também que o Brasil montou, com a participação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), um estande onde pôde mostrar o Brasil das Energias verdes, como a eólica, a solar e a biomassa.

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Joaquim Leite também disse que o Brasil levantou a discussão sobre a criação de um mercado de metano. De acordo com o ministro, resíduos orgânicos provenientes da pecuária, agricultura e áreas urbanas, depois do devido tratamento, podem se transformar em biogás ou biometano. “Onde você tem um resíduo que deixaria lá, degradando, você pode transformar isso num produto como biogás, reduzindo o metano na atmosfera”, disse.

O ministro do Meio Ambiente também comentou a redução do desmatamento anual da Amazônia, que caiu 11,27% no período 2021/22 em relação 2020/21, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo ele, o resultado foi fruto da Operação Guardiões do Bioma, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública com a participação do Ministério do Meio Ambiente, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança Pública, Fundação Nacional do Índio (Funai), Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e órgãos de fiscalização como Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). “Todos atuando de forma conjunta”.

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Veja a entrevista completa:

Edição: Fábio Massalli

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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