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Morre no Rio o empresário Olavo Monteiro de Carvalho
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Morreu hoje (20) no Rio de Janeiro o empresário Olavo Monteiro de Carvalho, de 80 anos, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC). Ele estava internado no Hospital CopaStar, na zona sul da capital carioca.
Olavo Monteiro de Carvalho nasceu no Rio de Janeiro, no dia 24 de fevereiro de 1942, filho de Alberto Monteiro de Carvalho e de Maria Salamanca Monteiro de Carvalho, da nobreza espanhola. Estudou no tradicional Colégio Santo Inácio, e em seguida foi para a Europa. Na Alemanha, trabalhou como auxiliar na fábrica da Volkswagen e fez o curso de engenharia mecânica da Techniscle Hoschule, em Munique.
Em 1978, tornou-se presidente do grupo Monteiro Aranha e dois anos depois conduziu um grande negócio para um grupo privado na época: a venda da metade da participação acionária da Monteiro Aranha na Volkswagen do Brasil para o governo do Kuwait. A partir da transação da Volkswagen, o grupo, que já possuía investimentos em diversos setores, expandiu ainda mais seus negócios, abrangendo desde investimentos nas áreas automobilística, de telecomunicações e saneamento, até o setor financeiro e petroquímico.
Foi fundador do Instituto de Estudo para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), entidade empresarial criada no final dos anos 1980 por um grupo de empresários representantes de grandes empresas nacionais com a proposta de discutir estratégias para o desenvolvimento do país.
Em 1996, deixou a presidência do grupo Monteiro Aranha e assumiu a presidência do conselho de administração. Fundou, em 1997, o Instituto Marquês de Salamanca (IMDS). Em 2005, recebeu do rei da Espanha o título de conde de Los Llanos.
Eleito em 2005 presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), foi reeleito em 2007. Criou o Fórum do Rio, com o objetivo principal de formalizar micro e pequenos empreendedores, e atuou também a favor da Lei do Simples Nacional. À frente da ACRJ, também participou da campanha de eleição do Cristo Redentor como uma das sete maravilhas do mundo moderno.
Além da atuação no Grupo Monteiro Aranha, Olavo Monteiro de Carvalho investiu em outros negócios como a empresa EcoAqua Soluções, de saneamento industrial, e Bioexton, de tratamento de resíduos orgânicos, e tornou-se exportador de cavalos mangalarga marchador. Foi também membro do conselho de administração da Klabin e da Ultrapar.
O velório e o local do enterro de Olavo Monteiro de Carvalho ainda não foram informados pela família.
Edição: Aline Leal
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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