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Museu de Arte do Rio abre sábado mostra sobre Carolina de Jesus

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Em parceria com o Instituto Moreira Salles, a mostra Carolina Maria de Jesus: Um Brasil para os Brasileiros chega ao Museu de Arte do Rio (MAR), depois de passar por São Paulo, reunindo mais de 400 itens expográficos. A exposição será aberta próximo sábado (24), às 11h, com entrada franca.

A mostra se estenderá até 26 de novembro, com ingressos a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia entrada) e gratuidades previstas em lei para idosos e crianças até 5 anos de idade. O MAR funciona de terça-feira a domingo, das 11h às 18h, com a última entrada de visitantes às 17h.

Segundo a historiadora Raquel Barreto, cocuradora da exposição, esta é uma versão ampliada da mostra, à qual foram incorporadas novas obras e artistas. A exposição é dedicada à trajetória e à produção literária da autora mineira Carolina de Jesus, que ficou internacionalmente conhecida com a publicação do livro Quarto de Despejo, em agosto de 1960. A iniciativa também aborda as incursões de Carolina como compositora, cantora e artista circense, disse Raquel à Agência Brasil.

A exposição tem como curador o antropólogo Hélio Menezes e como assistente Phelipe Rezende.

Semelhanças

Raquel destacou o fato de a mostra abordar a vida de uma escritora muito importante para a história da literatura brasileira, para a cultura brasileira. “Uma escritora que, apesar de todos os impedimentos de ordem cultural que dificultam que pessoas negras construam uma literatura, conseguiu construir uma literatura tão rica e expressiva e que, mais de 60 anos depois de Quarto de Despejo, a obra ainda esteja atual, emocione tanto e tenha tanta relevância.”

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A historiadora salientou a perspectiva de estética na produção da escritora. “E essa estética dialoga muito com a arte contemporânea brasileira de autoria negra. Elementos que aparecem no texto de Carolina, e que são importantes para ela, também aparecem em uma série de obras artísticas. As pessoas que vierem aqui vão encontrar essas relações, semelhanças, esse diálogo, dentro da própria exposição.”

A exposição marca a itinerância dos eventos do Instituto Moreira Salles para outras instituições no Rio de Janeiro, após seu fechamento para obras de reforma, estimadas em cerca de quatro anos. As obras foram iniciadas em 27 de março deste ano e têm o objetivo de melhor receber os visitantes em eventos e ampliar as reservas técnicas dos acervos.

Bandeira do MAR

Ainda neste sábado, o Museu de Arte do Rio promove o hasteamento de sua nova bandeira. O azul potente com estrelas, em alusão à bandeira nacional, ganhou a frase A Ordem É Samba, título de uma canção de Jackson do Pandeiro, composta em 1966.
Originalmente concebida para o Samba da Volta, que ocorre no centro da cidade, a bandeira é uma idealização da historiadora da arte Juliana Joannou e foi escolhida por voto popular.

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No lançamento, haverá uma roda de samba, às 14h30, nos pilotis do equipamento, com os integrantes do Samba da Volta, que pretendem homenagear Carolina Maria de Jesus. A entrada é gratuita.

Museu

O Museu de Arte do Rio é uma iniciativa da prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, e teve a parceria da Fundação Roberto Marinho para sua concepção.

Em janeiro de 2021, o MAR passou a ser gerido pela Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), organismo internacional de cooperação que tem na cultura, na educação e na ciência os seus mandatos institucionais, desde que foi fundado, em 1949.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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