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Museu Rio Memórias lança Mapa Interativo e mais quatro galerias
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O Museu Virtual Rio Memórias, inaugurado em agosto de 2019, lança hoje (25) o Mapa Interativo, que apresenta 59 pontos de interesse histórico distribuídos pela cidade. A ferramenta ajudará o visitante a descobrir, in loco, os detalhes mais interessantes de parte dos locais históricos e pontos de interesse mais conhecidos do Rio. O evento está previsto para as 18h no auditório da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC RJ), localizada na Gávea, zona sul da cidade.

Com mais de 100 mil visitantes no site em três anos de existência, o Rio Memórias inaugura, também nesta quarta-feira, quatro galerias virtuais que ampliam o seu acervo online e se somam às oito salas existentes.
A idealizadora do museu, Lívia Baião, disse esperar que, com o Mapa Interativo e as quatro novas galerias, o conteúdo do Rio Memórias atraia mais usuários e visitantes. O acesso é totalmente gratuito e o conteúdo está disponível em celulares, tablets e computadores, a qualquer momento, informou Lívia, em entrevista à Agência Brasil.
Mapa e Google Maps
O Mapa Interativo Rio Memórias propicia a quem quer conhecer um pouco mais da história do Rio de Janeiro a oportunidade de caminhar por suas ruas, vielas e avenidas. Ali o usuário encontra informações sobre 59 pontos históricos e culturais da cidade, que podem auxiliar em pesquisas e também na programação de passeios, melhorando a qualidade das visitas a esses locais.
O visitante ou pesquisador poderá estudar os locais na rua ou antes de sair de casa. Se estiver a pé e se deparar com algum edifício histórico ou ponto relevante da cidade, basta clicar no ícone e saberá, por exemplo, se ainda está em atividade ou se já desapareceu. O mapa tem integração com o Google Maps, o que facilita a chegada do usuário até o ponto de interesse, oferecendo uma visão do local por meio do Street View.
A função de geolocalização está disponível. Assim, ao passar por algum dos 59 lugares relevantes registrados no site do Rio Memórias, como a Central do Brasil, o Cassino da Urca ou o Palácio Monroe, todas as informações ficam automaticamente disponíveis não só em textos, mas também em áudios, fotos e vídeos.
Galerias
“Nossa missão é trazer um novo olhar para a cidade, resgatando e valorizando a sua história”, disse Lívia Baião, que destaca entre as novas galerias a Rio na Independência, que mostra como as ideias sobre independência circularam na cidade.
“A Independência que aprendemos na escola é o Grito do Ipiranga”, lembrou Lívia, ressaltando que a nova sala procura mostrar os personagens importantes dessa história e como se desenvolveu a ideia de independência na Corte, porque o Rio era capital do império. A galeria traz uma perspectiva diferente sobre acontecimentos que foram fundamentais no processo de separação de Portugal. A Rio na Independência tem curadoria de Heloísa Starling.
Já a Rio Literário traz um painel da literatura carioca, mostrando como a cidade foi vista por seus escritores, poetas, cronistas, contistas e viajantes, no início do século 20. Com curadoria de Fred Coelho, a galeria aborda também escritores nascidos no Rio, como Machado de Assis, e aqueles que fizeram da cidade seu lar, como o mineiro Carlos Drummond de Andrade e o pernambucano Manuel Bandeira.
A relação do Rio de Janeiro com a escrita literária é marcada por encontros em cafés, livrarias, saraus, academias, revistas e redações de jornais. A galeria aborda ainda outras formas de fazer literatura por meio de uma diversidade de autores de diferentes regiões do país.
As galerias Rio Cultural e Rio Religioso dão apoio ao Mapa Interativo porque incluem os pontos históricos relacionados às atividades culturais e religiosas que estão na ferramenta, explicou Lívia Baião. As duas galerias trazem destaques da cena cultural e da vida de fé, em suas diferentes crenças, ao longo dos tempos. Ambas as galerias foram organizadas e montadas com o acervo do próprio museu que vinha sendo disponibilizado nas redes e agora também integram o site.
A Rio Cultural reúne da arte sacra à contemporânea. O Rio de Janeiro concentra mais de 50 museus que narram as histórias do município e seu patrimônio, sob diferentes abordagens e a partir de diversas linguagens. Nesta sala, é relatado um pouco da história de algumas dessas instituições, como os museus de Arte Moderna, do Folclore, Nacional e de Belas Artes.
A galeria Rio Religioso reúne igrejas, conventos, centros espíritas, terreiros de candomblé e de umbanda, mesquitas e sinagogas, que também compõem a paisagem do Rio de Janeiro, cidade que, apesar de episódios de preconceito religioso, historicamente convive com a diversidade de crenças, lembrou a idealizadora do museu virtual.
Aniversário
O público que comparecer nesta quarta-feira à PUC presenciará ainda batalha de Slam (poesia falada) e leitura de textos literários. Haverá também bate-papo entre os curadores das novas galerias Danilo Marques, Antônio Edmilson Martins, Fred Coelho, Andrea França e Lívia Baião.
O Rio Memórias é patrocinado pelo Ministério do Turismo, prefeitura do Rio, Secretaria Municipal de Cultura, Companhia de Navegação Norsul e Kasznar Leonardos, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e pelo Banco BTG Pactual, Adam Capital e Concremat, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura.
A idealizadora do museu adiantou que, para comemorar os três anos do Rio Memórias, em agosto, serão lançadas mais duas galerias e haverá a terceira temporada de podcasts (conteúdos em áudio) com o tema Rio Cidade em Transformação. Será narrada a formação da cidade, com suas ruas, principais edifícios, praças, locais públicos.
Lívia explicou que cada temporada de podcasts trata de alguma galeria. A primeira abordou a Rio de Conflitos, falando da Revolta da Chibata, da Revolta da Vacina, da era Vargas, entre outros episódios; e a segunda tratou da Rio Desaparecidos, lembrando pessoas mortas de forma violenta como a vereadora Marielle Franco, a estilista Zuzu Angel, o político Rubens Paiva e o pedreiro Amarildo, entre outras.
Todo o conteúdo das galerias do museu é produzido por pesquisadores e historiadores do Departamento de História da PUC RJ e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Segundo Lívia Baião, o museu está aberto a parcerias com equipes de outras instituições,. O tema de uma das duas galerias que serão lançadas em agosto já está escolhido: Rio Operário. O tema da outra ainda está sendo definido.
Edição: Nádia Franco
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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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