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Norte e noroeste fluminense ainda enfrentam transtornos com a chuva
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As chuvas continuam causando transtornos em cidades do norte e noroeste do estado do Rio de Janeiro. Para prevenir e minimizar danos, a Defesa Civil Estadual (Sedec-RJ) e o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) fazem o monitoramento da região e de outras partes do estado.
Nas últimas 24 horas, os bombeiros atenderam 70 ocorrências relacionadas às chuvas no território fluminense, incluindo cortes de árvores, deslizamentos, desabamentos, inundações e salvamentos de pessoas ilhadas. Pelos números do CBMERJ, desde a sexta-feira (6) foram mais de 300 atendimentos. Os bombeiros retiraram dois corpos de homens em rios que estavam com nível elevado nas cidades de Aperibé e Santo Antônio de Pádua.
De acordo com a Defesa Civil do estado, os municípios de Laje do Muriaé, Aperibé, Santo Antônio de Pádua e Miracema declararam situação de emergência. Já as cidades de Cambuci e Engenheiro Paulo de Frontin instalaram gabinetes de gestão de crise. Além desses municípios, a Defesa Civil acompanha a situação em Itaperuna, Italva, Cardoso Moreira e São Francisco do Itabapoana.
A secretaria mantém contato permanente com as prefeituras e dá suporte quando as ocorrências extrapolam a capacidade de resposta da gestão municipal. “Na região noroeste, onde foram registrados alagamentos provocados pelo volume excessivo de chuvas, agentes da Defesa Civil Estadual se reuniram com autoridades locais para avaliação dos prejuízos e a adoção de medidas para garantir a volta à normalidade, o mais rápido possível”, informou.
As cidades de Laje do Muriaé e Aperibé recebem hoje (10) ajuda humanitária da Defesa Civil Estadual. Ao todo serão doados 480 itens, incluindo colchões, travesseiros e cobertores.
Previsão
As condições meteorológicas e os níveis pluviométricos continuam sendo acompanhados pelo Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais do Rio de Janeiro (Cemaden-RJ), que envia alertas para as regiões em caso de riscos hidrológicos e geológicos.
Na manhã desta terça-feira, os rios Pomba, Muriaé e Itabapoana apresentam pontos de transbordo. Os técnicos também observam a evolução do Rio Paraíba do Sul.
A previsão para hoje é de céu nublado a encoberto, com chuva fraca a moderada isolada a qualquer momento, mas a partir da tarde, há possibilidade de pancadas de chuva moderada a ocasionalmente forte com ventos fracos a moderados.
O governo do estado do Rio de Janeiro montou uma força-tarefa com diferentes secretarias para atender os municípios mais atingidos pelas chuvas dos últimos dias, especialmente no norte e noroeste fluminense. “Nossas equipes seguem de prontidão para atender a população e trabalhando para restabelecer a normalidade nas cidades mais afetadas”, disse o governador Cláudio Castro.
A Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, por meio da Subsecretaria de Gestão do Sistema Único de Assistência Social, está percorrendo os municípios atingidos pelas chuvas e já esteve em Aperibé, Santo Antônio de Pádua, Cambuci e Miracema.
Campanha
A obra social RioSolidario lançou a campanha Chuva de Solidariedade, para ajudar famílias atingidas pelas chuvas e para arrecadar alimentos não perecíveis, água mineral, materiais de higiene pessoal como escova de dentes, pasta dental, sabonete, shampoo, fraldas infantis/geriátricas e absorventes higiênicos, além de materiais de limpeza como cloro, álcool, sabão em pó, vassoura, rodo e pano de chão. Os itens podem ser doados na sede da instituição, na Travessa Euricles de Matos, nº 17, em Laranjeiras, zona sul do Rio, de segunda-feira a sexta-feira, das 10h às 17h.
Região Serrana
A Defesa Civil de Petrópolis emitiu, às 12h de hoje, um alerta via SMS alertando a população para a possibilidade de pancadas de chuva moderada a ocasionalmente forte nos períodos da tarde e noite desta terça-feira. “A Defesa Civil pede que a população fique atenta às próximas atualizações”, orientou.
Em Teresópolis, não há pontos de alagamentos, mas o estágio atual é de atenção. A previsão é de chuva fraca a moderada na cidade. A Defesa Civil pede que a população fique atenta aos alertas via SMS e sirenes e em caso de emergência, ligue 199 ou entre em contato via WhatsApp (21) 2742-7025.
Capital
Segundo o Alerta Rio, o tempo segue instável hoje na capital, em consequência da presença de umidade em toda a atmosfera, juntamente a áreas de instabilidade em médios e altos níveis. O céu deve variar entre nublado e encoberto, com previsão de chuva fraca no início do dia e pancadas de chuva nos períodos da tarde e noite, com raios. A previsão é ainda de ventos fracos a moderados e as temperaturas com ligeira elevação, sendo a mínima de 20°C e máxima de 30°C.
Conforme o Centro de Operações da Prefeitura do Rio (COR), o município retornou ao estágio de normalidade às 9h15 desta terça-feira. A cidade estava em estágio de mobilização desde as 16h de ontem (9). O estágio de normalidade é o primeiro em uma escala de cinco e significa que não há ocorrências de grande impacto. “Neste estágio, podem ocorrer pequenos incidentes, mas que não interfiram de forma significativa na rotina do cidadão”, disse o COR.
Edição: Fernando Fraga
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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