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O Presente e o Futuro de Cuiabá aos 305 Anos
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Datas comemorativas nos fazem refletir sobre passado, presente e futuro. Quando é o aniversário da cidade em que vivemos, vem um pensamento sobre como estamos e o que queremos para nós e para a nossa cidade tão calorosa e acolhedora.
O desejo, logicamente, é morar em um lugar próspero, que gere oportunidades para todos com qualidade de vida. Para isso, precisamos de uma cidade em que as áreas comerciais facilitem a integração de lojas físicas e digitais, com estrutura e capacidade para instalação de tecnologia e incentivo para jovens empreendedores. A construção deste futuro é um dos maiores presentes que Cuiabá merece ganhar na celebração dos seus 305 anos.
O objetivo é desenvolver uma cidade inteligente para estimular a experiência de compra integrada que facilite a jornada do consumidor e permita mais interação com a loja em vários canais de maneira consistente.
Neste contexto, o apoio à digitalização de pequenas e médias empresas é crucial além de facilitar o acesso a linhas de crédito e oportunidades de treinamentos para competir no mercado global, a grande concorrência na atualidade. Assim, a economia local sai fortalecida, tornando a nossa capital mais relevante e atraente para consumidores e turistas, especialmente com a revitalização da região do Centro Histórico.
Outro ponto imprescindível para o avanço das empresas é inserir a Inteligência Artificial em seus processos. Ela dará ao comércio campo livre para melhorar aspectos como a personalização da experiência do cliente, com base no perfil e no histórico de compras e comportamentos, além da automação de processos, segurança de prevenção contra fraudes, controle de estocagem de produtos e outras funcionalidades que só tendem a aumentar as margens de lucro e fomentar o crescimento das companhias.
É fundamental que o empresário não renegue esta realidade que se aproxima de forma cada vez mais célere. Até porque, mais do que não evoluir, ignorar as potencialidades da I.A. e deixar de explorar essa realidade se traduzirá, fatalmente, em perda do poder de competitividade e de grandes chances de crescimento. O empreendedor precisa ter em mente que a tecnologia é uma aliada poderosa, e não uma inimiga.
Na nossa Cuiabá Cidade Verde a tecnologia, a inovação e a sustentabilidade devem ser pilares para o desenvolvimento e que sustentarão o crescimento e prosperidade do comércio, beneficiando empresários, colaboradores e a comunidade de uma forma geral com mais geração de empregos, renda e arrecadação impostos, que se converte em avanços em saúde, segurança e educação. Esse círculo virtuoso contribuirá, ainda mais, para o fortalecimento da paixão dos cuiabanos pela nossa terra, tornando a no melhor lugar para empreender e morar.
Junior Macagnam é presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL Cuiabá), empresário e empreendedor.
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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.