BRASIL
Petrobras conclui teste de produção de querosene de conteúdo renovável
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O primeiro teste de produção de querosene de aviação com conteúdo renovável (BioQAV) do Brasil foi concluído pela Petrobras. O produto faz parte da nova geração de combustíveis sustentáveis da companhia, que vsegue o compromisso de desenvolver soluções pioneiras com foco na redução de emissões de CO2.
Segundo a Petrobras, por possuir, em sua formulação, compostos de um óleo vegetal, gerados pela hidrogenação, que é uma reação química com adição de hidrogênio, o BioQAV emite menos CO2 que o QAV mineral, um derivado do petróleo.
Para o diretor de Refino e Gás Natural da Petrobras, Rodrigo Costa, o BioQAV terá papel relevante para reduzir as emissões de CO2 do setor aéreo. “A Petrobras reúne todas as competências e condições para liderar o movimento de pesquisa, desenvolvimento e produção futura de BioQAV no Brasil. Com vocação para inovar, a empresa é uma referência em desenvolvimento tecnológico de produtos de última geração, assim como tem histórico de atuar com combustíveis sustentáveis como o Diesel R5, com conteúdo renovável.”, avaliou.
A companhia informou que o teste foi feito na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR), no Paraná, e que os resultados foram considerados promissores. “Esse teste é fruto de um trabalho integrado de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Petrobras, para o qual diferentes competências em processamento, qualidade de produtos e operação industrial, foram mobilizadas. O BioQAV, produzido por coprocessamento de óleos vegetais, leva à formação de compostos de mesma natureza química que o QAV mineral”, afirmou Rodrigo Costa.
“A Petrobras é a primeira empresa no Brasil – e uma das primeiras na América Latina – a realizar o teste de produção por coprocessamento (processamento conjunto) de querosene de origem fóssil e óleo vegetal, utilizando unidades de refino existentes”, completou a companhia em nota.
De acordo com a Petrobras, a produção de QAV renovável é fruto do seu Programa BioRefino, destinado ao desenvolvimento de combustíveis mais modernos e sustentáveis e uma das frentes de descarbonização do Plano Estratégico 2022-2026 da companhia.
“Mais que um novo programa de negócios, o BioRefino materializa em nossa estratégia a redução de emissões, proporcionada por uma nova geração de combustíveis renováveis. É uma frente de atuação que concilia a sustentabilidade ambiental com geração de valor. Isso porque entendemos que inovar com propósito é fundamental – e seremos competitivos somente se formos capazes de entregar uma energia com baixa intensidade de emissões de carbono”, destacou o diretor.
Rodrigo Costa acrescentou que o projeto ainda está em fase de pesquisa e desenvolvimento e a Petrobras está analisando os resultados obtidos com o teste inicial. “Em seguida, fará novos estudos para avaliar a consolidação da tecnologia, visando à produção de BioQAV para testes comerciais”, apontou Costa.
Edição: Lílian Beraldo


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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