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Petrópolis ganha mostra que destaca primeira estrada de ferro do país

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O município de Petrópolis, na região serrana fluminense, ganha neste domingo (16), a partir das 10h, a mostra permanente Painel de Cerâmica na Cidade Imperial cujo tema é Transporte e Independência. O objetivo é promover a memória histórica da Estrada de Ferro Mauá, que começou a ser construída em 1852. O tema celebra também os 200 anos da Independência do Brasil a partir do resgate da importância dos transportes para o progresso do estado do Rio de Janeiro e do Brasil.

Idealizados pela artista plástica e ceramista Rane Bessa, os três painéis de cerâmica foram instalados na Praça de Nogueira, onde funciona o Centro Cultural Estação Nogueira, que tem preservada a história da ferrovia naquele município. O projeto tem patrocínio do governo fluminense, por meio do Edital Retomada Cultural 2, da Secretaria do Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro.

Atendendo a um concurso nacional, 35 artistas enviaram suas propostas, sendo duas delas selecionadas pelas curadoras Patrícia Pedrosa, doutora em história da arte pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e por Rane Bessa.

Painéis

O primeiro painel, intitulado Dos Caminhos aos Reencontros, utiliza o processo de pintura digital em azulejo e foi criado pela artista Camila Gomes. O projeto foi executado por Lazaro Trucci. O painel busca reunir a história dos transportes no Brasil, a partir da construção da ferrovia, que teve grande importância para o desenvolvimento econômico do país, impactando o cotidiano das pessoas.

O segundo painel, da artista Margarida Gallo, identifica na gravura sobre cerâmica a locomotiva Baroneza, primeira a percorrer a Estrada de Ferro Mauá. A locomotiva ganhou fama no mundo devido à sua importância como meio de transporte. Atualmente, existem apenas dois exemplares da locomotiva, sendo um no Brasil e outro na Inglaterra. O painel tem execução de Rane Bessa.

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Já o terceiro painel, de fotocerâmica, é intitulado Fotos Históricas e composto por imagens históricas da época da construção da Estrada de Ferro Mauá. Selecionadas por Rane Bessa, Julia Botafogo e Tadzia Maya, as imagens recriam a importância da primeira ferrovia do país para o progresso do Brasil. A base para o painel são as fotografias e litografias do artista Revert Henry Klumb, que documentou de 1863 a 1868 a construção da Estrada União e Indústria, que liga Petrópolis a Juiz de Fora. Promove também a importância das locomotivas como patrimônio cultural. Esse painel teve execução de Julia Botafogo.

A mostra ganha acessibilidade nos painéis Transporte e Independência, que trazem um QR Code com audiodescrição das imagens e texto da curadora em libras. Além do circuito de painéis, um minidocumentário reúne imagens dos bastidores da execução da mostra, bem como a importância da parceria com o Centro Cultural Estação Nogueira. Após a inauguração, serão promovidas, ainda durante o mês de abril, visitas guiadas com alunos da rede pública de ensino do município de Petrópolis, pela curadora Patrícia Pedrosa.

A estrada de ferro

Considerado Patrono do Ministério dos Transportes, Irineu Evangelista de Sousa (1813-1889), o Barão de Mauá, foi comerciante, empresário, político, armador, banqueiro, respondendo por grandes obras para o progresso do país. Em abril de 1852, ele conseguiu a concessão do governo imperial para construção e exploração de uma ferrovia que se estendia desde o Porto de Estrela, na Baía de Guanabara, até Fragoso, na Raiz da Serra. Sua intenção era subir até Petrópolis e, posteriormente, alcançar Minas Gerais e São Paulo.

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Em maio do mesmo ano, ele fundou a Imperial Companhia de Navegação a Vapor e Estrada de Ferro de Petrópolis. Em junho, recebeu concessão para explorar uma linha de navegação pela Baía de Guanabara desde a Prainha (atual Praça Mauá), no Rio de Janeiro, até Estrela (atual Magé), fazendo a integração dos transportes marítimo e ferroviário.

Em 29 de agosto de 1852, foi iniciada a construção da primeira ferrovia brasileira. A cerimônia de lançamento da pedra fundamental contou com a presença do imperador D. Pedro II e da imperatriz Teresa Cristina. A Estrada de Ferro Mauá foi inaugurada em 30 de abril de 1854. Em 1954, por ocasião do seu centenário, a estrada foi declarada Monumento Histórico Nacional, sendo tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O Barão de Mauá foi um dos responsáveis também pela construção da Estrada União e Indústria, a primeira rodovia pavimentada no Brasil, inaugurada em 23 de junho de 1861, ligando a cidade de Petrópolis a Juiz de Fora (MG). 

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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