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Preso, irmão de fã de Taylor Swift morta em show, tem permissão especial para ir ao velório
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Permissão foi concedida pela Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul após pedido da mãe de Ana Clara Benevides. Irmão da jovem será escoltado durante o velório, em Sonora (MS).
Preso, o irmão de Ana Clara Benevides – fã que morreu durante show da Taylor Swift, nessa sexta-feira (17), – conseguiu permissão para comparecer ao velório da irmã, em Sonora (MS), nesta segunda-feira (20). A informação foi divulgada e publicizada pela própria Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul (DPMS).
Em post nas redes sociais, a defensoria explicou que a mãe de Ana Clara procurou o órgão pedindo para que o outro filho participasse da cerimônia de despedida à irmã.
O rapaz, que não teve a identidade divulgada, está preso em Pedro Gomes. A permissão foi concedida durante plantão do defensor público Cristiano Lobo, titular em Coxim (MS).
“A mãe da jovem nos procurou, fizemos o pedido e ficou agendada a escolta do dele para Pedro Gomes, por ser durante o dia e consideravelmente mais perto”, explica o defensor público.
O corpo de Ana Clara Benevides chegou a Campo Grande no início da tarde desta segunda-feira (20). O corpo da jovem será levado de carro até a Câmara Municipal de Sonora (MS), a 361 km da capital, onde o velório vai ocorrer.
O caixão com o corpo de Ana chegou por volta das 14h (horário local), no Aeroporto Internacional de Campo Grande. O velório está previsto para começar às 19h, em Sonora. O sepultamento de Ana Clara Benevides está marcado para às 9h, desta terça-feira (21), em Pedro Gomes.
O traslado do corpo de Ana Clara foi custeado pelos próprios fãs da cantora Taylor Swift e pessoas que se comoveram com a história da jovem. Nas redes sociais, uma campanha online arrecadou o dinheiro necessário para arcar com os custos.
Em menos de 12 horas, familiares e fãs da cantora norte-americana levantaram o valor de R$ 30 mil. A mãe de Ana Clara Benevides Machado agradeceu a ajuda.


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.