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Projeto vai medir qualidade da conectividade nas unidades de saúde

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O Núcleo de Informação de Coordenação do Ponto Br (Nic.Br), ligado ao Comitê Gestor da Internet, e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) lançaram nesta quarta-feira (30) um projeto de monitoramento da qualidade da conexão à internet em unidades de saúde.

A plataforma, que ganhou o nome “Conectividade em Saúde”, vai mapear quais estabelecimentos públicos de saúde possuem acesso à Internet e como está a situação desta em cada um desses locais.

A plataforma está disponível e pode ser acessada por qualquer pessoa, não somente gestores de saúde. Mas os medidores foram instalados em quatro estados na fase piloto do projeto: Roraima, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Paraná.

Serão cruzadas informações de bases de dados de saúde e de conectividade. Será usado um medidor de sinal de Internet chamado Simet, desenvolvido pelo NIC.Br. Essa tecnologia serve tanto para banda larga fixa como móvel.

Serão avaliadas a banda, a latência e a perda de informações durante a transferência dos dados. “Todas essas métricas precisam ser consideradas na avaliação da qualidade da internet, pois elas impactam a experiência do usuário e o tipo de atividade que pode ser feita”, explica Cristiane Millan, que atuou no desenvolvimento da ferramenta.

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Na Saúde, por exemplo, o envio de um prontuário ou de um dado sobre um paciente demanda menos do que uma videochamada para uma consulta ou até mesmo para a realização de um procedimento (como assistência à distância durante uma cirurgia). Por isso, a importância de mapear a qualidade da conexão em cada unidade.

A vice-presidente do Conasems, Cristiane Pantaleão, relatou cidades que sofrem com a qualidade da conexão à internet, o que dificulta o funcionamento de serviços, como o prontuário eletrônico.

“Temos esse problema [de qualidade do acesso à internet] em todo o país. Isso dificulta o trabalho das secretarias municipais e estaduais de saúde e do Ministério da Saúde. Não sabemos onde a qualidade é melhor, onde é pior e como apoiar. Por isso esta iniciativa é bem-vinda”, disse.

Alexandre Barbosa, do NIC.Br, destacou que o uso de tecnologias digitais cresceu nos últimos anos, especialmente impulsionado pela pandemia e pelas restrições impostas por ela, como as medidas de distanciamento.

Ele ressaltou que a produção de dados é fundamental para avaliar a situação de um setor e para que os gestores possam identificar problemas, compreender o desempenho das políticas e tomar decisões.

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“A produção de dados para que possamos monitorar a situação do progresso da adoção de tecnologias digitais na área da saúde é fundamental. Sem dados não existe visibilidade. Se não consegue medir a qualidade da conexão, não existe o debate político, não é possível fazer políticas públicas baseadas em evidências”, pontuou.

Edição: Bruna Saniele

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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