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‘Quem quer ser um milionário’: ganhadora da pergunta de R$ 1 milhão diz que ‘vive para estudar’
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Uma rotina com até 18 horas de estudo é o cotidiano de Jullie Dutra, a primeira pessoa a ganhar o prêmio de R$ 1 milhão no quadro “Quem quer ser um milionário”, no “Domingão com Huck”. Realizando cursos preparatórios para prestar concurso para diplomata, ela conta que não fez nenhum esquema especial para o programa.
Jullie acertou 15 perguntas. A última era sobre o número da camisa usada por Pelé na Copa de 1958, quando o Rei do Futebol tinha só 17 anos. A resposta: a icônica camisa 10. Para acertar, Jullie ligou para a amiga Nerfetite Amanajás, que mora em Belém, no Pará.
A nova milionária é jornalista, tem uma agência de comunicação e estuda para ser diplomata do Itamaraty, o Ministério das Relações Exteriores.
“Eu vivo para estudar. Sempre fui a nerd, o patinho feio da turma. Quando todo mundo estava na farra, eu estava estudando”, conta a jornalista nascida em Limoeiro e criada em João Alfredo, ambas no Agreste de Pernambuco.
“Minha mãe era professora das redes públicas estadual e municipal, em João Alfredo. Desde pequena consegui estudar em escolas particulares conseguindo bolsas”.
Assim ela chegou a cursar radiologia, no Recife, e medicina em universidades da Bolívia e de Cuba, antes de se formar em jornalismo e fazer pós-graduação em direitos humanos.
Ao longo dos quatro anos do curso universitário, Jullie conta que nunca parou de estudar. “Eu vivia indo a São Paulo, a congressos e cursos. Até que fui selecionada para um curso sobre conflito armado e comecei a ter o sonho de ser correspondente internacional”.
Com o desejo em mente, articulou com um dos palestrantes, conheceu pessoas da ONU e da Cruz Vermelha e conseguiu viajar ao Haiti. Um ano depois de voltar de lá, publicou o livro “Caro Haiti”, sobre os momentos de antes, durante e depois do terremoto que marcou o país, em 2010.
A experiência acendeu nela o desejo de entrar para a carreira diplomática, uma disposição ainda maior para os estudos e a ideia de se inscrever para participar do quadro no “Domingão com Huck”.
“Comecei a estudar ainda mais. Mas o custo dos cursos preparatórios é elevadíssimo. Comecei a correr atrás de bolsa, consegui algumas, mas não tenho todas. Agora, com o prêmio, vou conseguir estudar como se deve”, afirma.
Jullie diz que nunca duvidou de que ganharia. “Sempre soube que ia ganhar. Era uma certeza divina, minha fé. Me inscrevi em 2021 e não mudei meu foco. O concurso do Itamaraty exige até a alma”.
Segundo a nova milionária, a dedicação ajudou muito no resultado da competição. “Quase todas as disciplinas fazem parte do meu programa de estudos. Foi uma felicidade cair coisas que eu sei, como a COP [conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas], por exemplo”.
Com exceção das três questões em que usou o recurso de ajuda, Jullie afirma que tinha muita convicção de todas as respostas. “Não chutei nenhuma”, garante.
“Eu acho que não tem receita, mas eu tive a sorte e felicidade de navegar por tantas disciplinas que acabavam fazendo parte do cronograma de estudos do Itamaraty. Tem que ter pluralidade de conhecimento, de literatura a artes plásticas, passando por economia, por exemplo”.
A dica para quem quer ser um milionário como ela vem em seguida: “Todo mundo é capaz. Mas, além do conhecimento, tem que ter o fator sorte e usar estrategicamente as ajudas. Deixei os três recursos para o final”.
O valor ganho já tem destino certo, além de financiar os estudos para trilhar a carreira dos sonhos.
“A primeira coisa é dar uma casa para Carmelita, a minha mãe do coração. E quero tirar férias, que nunca tirei na vida. Sempre que fiz viagens de lazer, também estava trabalhando”.
CEO de uma agência de comunicação e com a agenda repleta de novos compromissos depois de ganhar o prêmio, Jullie ainda não tem ideia de quando as férias virão. Numa rede social, ela passou de 8 mil seguidores para mais de 150 mil, minutos após o final do programa.
“Não sei quando será nem para onde vou, mas preciso realmente parar”.
Antes de concluir a entrevista, ela pede para deixar um recado para as mulheres. “Quero que as mulheres não desistam dos sonhos. A gente precisa se agarrar com a educação, porque ela é ferramenta de transformação e é a maior arma de combate ao machismo. Uma mulher com educação consegue ir muito além”.


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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