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Rio de Janeiro volta a receber Feira de Vinil, neste domingo
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Criada há 12 anos, a Feira de Vinil do Rio de Janeiro retorna após dois anos de pandemia da covid-19, celebrando sua 23ª edição neste domingo (25). A última edição da feira foi em dezembro de 2019, antes da pandemia de covid-19.
O evento ocorre no Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), situado no Beco do Pinheiro, 10, no Catete, zona sul da cidade, das 11h30 às 19h, e reunirá entre 60 e 70 expositores e vendedores do Brasil e do exterior, que terão cerca de 7 mil títulos de vinis disponíveis.
A expectativa do produtor artístico da Feira, Marcello Groove, é reunir cerca de 2 mil pessoas nessa retomada, que ele considera um “movimento expressivo de público”, conforme disse à Agência Brasil. No período de 2006 a 2015, antes da crise econômica registrada a partir do final do governo da presidente Dilma Rousseff, a média de visitantes alcançava 4,5 mil pessoas por edição.
Seguindo o modelo da maior feira de vinis do mundo, que ocorre em Utrecht, na Holanda, a Feira de Vinil do Rio de Janeiro tem duas edições por ano, sendo uma no primeiro quadrimestre e a segunda entre os meses de novembro e dezembro. Neste ano, entretanto, que marca o retorno do evento pós pandemia, o próximo domingo será a única edição da feira.
Já em 2023, a meta é retomar o modelo de duas edições anuais. Para Groove, a expectativa para essa edição é positiva não só pelo retorno, após a pausa forçada, mas também pelos convidados e vendedores tiveram tempo de reunir material novo para a venda.
Homenagem
Como acontece em todas as edições, a feira vai homenagear artistas musicais. Neste ano, os homenageados são os mestres da música afro-brasileira Antonio Carlos e Jocafi, que lançarão o álbum Afro Funk Brasil farão, entre 15h e 17h.
O LP traz cinco releituras de clássicos da dupla e uma música inédita com o vocalista do Baiana Sound System, Russo Passapusso. No álbum, Antonio Carlos e Jocafi são acompanhados pela Orquestra de Violões do Forte de Copacabana.
“Os arranjos são inéditos”, destacou Marcello Groove. “A gente comemora 55 anos da carreira deles e tem o lançamento de um disco em vinil que há muito tempo eles não lançavam”. A dupla de compositores receberá, na ocasião, o Troféu Feira de Vinil do Rio de Janeiro.
Gratuidade
A entrada na Feira é gratuita. Os organizadores pedem que as pessoas levem um quilo de alimento não perecível. “Porque, a cada edição, a gente recolhe esses alimentos para uma entidade. Este ano, os mantimentos vão para o Solar Meninos de Luz, localizado em Copacabana”.
Durante todo o evento, DJs estarão tocando vinis de suas coleções. Dentre as atrações estão Tito, Jaílson Soul, Dossel, Renan Trindade, John Lepris e Pedro Selector. Haverá ainda o lançamento do livro 1979, o Ano que Ressignificou a MPB, que é uma compilação de textos feitos para vários discos, organizada pelo jornalista Célio Albuquerque.
Imersão
Em parceria com a gravadora e fábrica de discos Rocinante, a feira oferecerá ao público um espaço imersivo no auditório do IAB RJ, no qual os visitantes poderão ter uma experiência sensorial inédita e ouvir todos os vinis produzidos pela empresa.
Edição: Denise Griesinger
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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