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Rio lança festival de folia acessível que engloba festas diversas

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O projeto Um Novo Olhar deu início hoje (5) ao Festival Acessibilifolia, com foco na acessibilidade em todos os tipos de folia, englobando carnaval, festas juninas, bandas de frevo, Boi Bumbá, entre outros. O festival vai ter rodas de conversa sobre a folia em geral, mas está mais voltado para o carnaval, “porque o Carnabril, como o pessoal chama, está vindo aí”, disse à Agência Brasil André Ramos, membro da equipe de coordenação do evento e saxofonista da Orquestra Voadora, banda musical brasileira formada no Rio de Janeiro em 2008.

Festival da folia acessível Festival da folia acessível

Festival da folia acessível – Divulgação/ Festival da folia acessível

A programação, presencial e gratuita, se estenderá até 27 de abril e se destina a pessoas com e sem deficiência. “Mas as pessoas com deficiência têm prioridade”, destacou Ramos. O festival será realizado todas as terças e quartas-feiras de abril, a partir de 13h30m, no Teatro Cacilda Becker, situado na Rua do Catete, 338, bairro do Catete, zona sul do Rio de Janeiro.

A agenda inclui rodas de conversa, apresentações e oficinas, cujo objetivo é discutir a acessibilidade no carnaval carioca. As inscrições para as oficinas podem ser feitas no site. Todas as atividades do festival contam com recursos de acessibilidade física, interpretação em Libras e mediação acessível. As apresentações têm também audiodescrição. A iniciativa faz parte do programa Arte de Toda Gente, que é uma parceria da Fundação Nacional de Artes (Funarte) com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com curadoria da Escola de Música da instituição acadêmica.

Inclusão

Aluno de mestrado da UFRJ, André Ramos informou que o objetivo do Acessibilifolia é mostrar que a folia é um espaço importante para o pensamento de acessibilidade das pessoas com deficiência na sociedade. “É uma porta de entrada. A folia tem um potencial de ser muito democrática. A gente pensa em usar isso para levar essa discussão para a sociedade”. A ideia do festival é fomentar a inclusão de pessoas com deficiência nas festas populares do patrimônio cultural brasileiro, como blocos de carnaval, grupos de frevo, boi e maracatu, reforçou.

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A partir desta iniciativa será possível gerar conteúdo e direcionar ações que busquem tornar os nossos festejos populares mais democráticos e inclusivos, não só para as pessoas com deficiência, mas para todos que compartilham dos espaços, promovendo a convivência e a diversidade, comunicaram os organizadores do evento, por meio de sua assessoria de imprensa.

O festival quer tornar o carnaval acessível, dando condições para que pessoas com deficiência participem das atividades em todos os espaços que colaboram para a formação desse ambiente. Isso significa torná-las participantes, inclusive, da organização de blocos e desfiles, da produção da música, da dança e de outras formas de arte, além do mercado de trabalho e da economia criativa que a festa movimenta, e não somente como público espectador.

Oficinas

Às terças-feiras de abril haverá oficinas de Instrumentos da Alegria, das 13h30 às 15h30, e de Adereços e Alegorias da Orquestra Voadora, das 16h às 18h. A primeira oficina visa construir instrumentos musicais adaptados a partir de objetos recicláveis, tendo como coordenador pedagógico e oficineiro Mestre Riko e idealização da Embaixadores da Alegria, primeira escola de samba voltada às pessoas com deficiência.

A segunda oficina presencial é concebida e conduzida por Luiza Süssekind ao longo de sua vivência na ala dos pernaltas da Orquestra Voadora. Na experiência com foliões e artistas, ela percebeu que é possível adereçar objetos que fazem parte da nossa vida cotidiana, transformando-os em alegorias de carnaval. A intenção da oficina é que cada participante possa criar um personagem ou uma fantasia e confeccioná-la a partir de adereços simples e da customização de peças. As vagas são limitadas a 30 alunos por oficina e as inscrições gratuitas podem ser feitas aqui.

Festival da folia acessível Festival da folia acessível

Ingressos são gratuitos – Divulgação/ Festival da folia acessível

Nas quartas-feiras deste mês, no horário de 13h30 às 15h30, será realizada a Oficina de Percussão e Iniciação Musical da Orquestra Voadora, pelo músico Pedro Araújo, e destinada a pessoas com e sem deficiência. O objetivo é promover a inclusão de todas as pessoas participantes na brincadeira, cada qual com sua potencialidade, sensibilidade e sotaque sonoro, com o estímulo à criatividade e o desenvolvimento de sua autonomia.

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As aulas buscam trazer uma diversidade de instrumentos musicais e outras fontes sonoras para os participantes tocarem com o pé, baquetas, mãos ou soprar, com variados tamanhos e formas de manuseio. A imaginação será estimulada a partir da criação de ritmos e execução dos instrumentos, produzindo narrativas sonoras. As vagas são limitadas a 30 alunos.

Outras atividades

Para a Roda de Conversa Folia Acessível, programada para amanhã (6), às 19h, os ingressos gratuitos podem ser retirados na bilheteria do teatro uma hora antes do início da atividade, que está sujeita à lotação de 95 lugares do equipamento. O encontro reunirá fazedores de folia em uma conversa sobre possíveis caminhos para a busca da acessibilidade nos festejos populares. O fortalecimento da rede por meio da troca de experiências e de perspectivas sobre o atual contexto da folia no Brasil, as políticas públicas e os direitos das pessoas com deficiência estão entre os temas para debate.

No dia 13, às 20h, haverá o Show da Alegria, com apresentação da bateria Embaixadores da Alegria, coordenada pelo Mestre Riko, com a presença das ritmistas da Fina Batucada. Já no dia 20, às 19h, com mediação de Patrícia Dornelles, haverá a Roda de Conversa Cultura, Folia e Loucura, com participação de integrantes de vários blocos de carnaval acessíveis, como Bloco Zona Mental, Loucura Suburbana, Império Colonial, Tá Pirando, Pirado, Pirou!.

Fechando o festival, no dia 27, às 20h, ocorrerá o Encontro dos Blocos Orquestra Voadora e Senta que eu Empurro. Esse bloco de carnaval, formado por pessoas com deficiência, foi fundado em 2008, no bairro do Catete, e tem como objetivo dar visibilidade, integrar e socializar as pessoas com deficiência de forma descontraída e divertida, promovendo a alegria e a autoestima das pessoas.

A Orquestra Voadora, por sua vez, trará para o encontro um repertório eclético, que mistura músicas autorais do grupo e versões de clássicos do samba, ‘rock’, maracatu, ‘funk’, entre outros gêneros. O ‘show’ contará ainda com os participantes da oficina de adereços e alegorias realizada durante o Festival Acessibilifolia. Maiores informações podem ser obtidas no site do projeto.

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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