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Turismo na capital paulista tem queda de 6,8% em janeiro
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A movimentação do turismo da capital paulista teve queda de 6,8% em janeiro, na comparação com o mês anterior, segundo o indicador do Conselho de Turismo (CT), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
O Índice Mensal de Atividade do Turismo (Imat), que é feito em parceria com a SPTuris, caiu de 85,9 pontos em dezembro para 80 pontos no primeiro mês de 2022. De acordo com os analistas, a queda se deve às restrições relacionadas à variante Ômicron.
O desempenho negativo na comparação mensal se deve, sobretudo, à taxa média de ocupação hoteleira, que passou de 58,9% em dezembro para 48,7%. O faturamento das empresas do setor de turismo também ficou em baixa, com uma queda de 15,4%. Esse indicador está 25% abaixo do período pré-pandemia.
No período de maior incidência da variante Ômicron, houve redução da oferta e cancelamento de voos por falta de tripulação tendo em vista as altas taxas de contaminação, além de cancelamentos feitos pelos passageiros. A movimentação nos aeroportos teve queda de 4,9% em relação ao mês anterior. Nas rodoviárias, no entanto, a movimentação cresceu 9,5%, com um total de 1,2 milhão de passageiros.
O emprego teve queda de 0,3% e ficou abaixo de 400 mil trabalhadores no setor de turismo no município de São Paulo. O atual patamar é praticamente igual ao de janeiro de 2020.
Na comparação anual, relacionando o indicador geral com janeiro de 2021, houve crescimento de 36,6% no início deste ano. Isso ocorre porque no primeiro mês do ano passado o país enfrentava a segunda onda da pandemia do coronavírus.
Para a FecomercioSP, a rotina do setor está se restabelecendo gradualmente, bem como a confiança de empresários e consumidores. Apesar de seguir o temor de cancelamentos neste primeiro trimestre, a entidade avalia que eventos e viagens devem ocorrer de forma cada vez mais intensa.
O indicador, que varia de zero a 100 pontos, é composto por cinco variáveis que têm os mesmos pesos para a composição: movimentações de passageiros dos aeroportos de Congonhas e Guarulhos, movimentação dos passageiros nas rodoviárias, taxa média de ocupação hoteleira na cidade, faturamento do setor do turismo na capital e estoque de emprego nas atividades exclusivas do turismo.
Edição: Fernando Fraga


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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