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Autonomia médica, o que é e sua importância
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Os avanços da tecnologia e da ciência na área da saúde são inquestionáveis e a cada ano revolucionam ainda mais o setor. O avanço da telemedicina mudou a forma de atendimento entre médico e paciente e a inteligência artificial (IA) é de extrema valia quando se analisa uma quantidade muito grande de informações, dados, imagens, laudos e resultados de estudos científicos. Porém, neste Dia do Médico (18.10), afirmo que nenhuma informação proveniente da IA substituirá o raciocínio clínico, a experiência intuitiva, a relação médico-paciente e principalmente a autonomia médica na tomada de decisões.
Autonomia ou soberania médica consiste na liberdade do médico de decidir sobre métodos diagnósticos e terapêuticos sem ser influenciado por pressões externas ou contrárias à sua consciência.
De acordo com o Código de Ética Médica, o médico exercerá sua profissão com autonomia, não sendo obrigado a prestar serviços que contrariem os ditames de sua consciência.
Desta forma, a soberania do médico deve ser preservada. Ainda assim, em alguns períodos excepcionais, os médicos não podem esquecer o juramento de Hipócrates. Suas condutas devem ser pautadas no conhecimento adquirido e não em decretos ou narrativas de comitês e associações.
Por isso reforço que a autonomia e soberania médica se sustentam na prática da medicina ao longo dos séculos, nas evidências científicas confirmadas pelas experiências clínicas no exercício da profissão.
O exercício da medicina, a soberania e a autonomia médicas devem ser pautadas pela ética e pelo bem comum, na busca da verdade que leva à cura. O compromisso do profissional de medicina necessariamente deve ser a vida.
A Medicina deve servir à saúde e à dignidade dos seres humanos e nunca a períodos excepcionais, principalmente quando existe uma guerra de narrativa, que pode estar direcionada a atender interesses pessoais de determinados grupos.
Dr. Altino José de Souza é médico e presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Mato Grosso (Sindessmat)


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Evoluir para um novo ciclo de RJ

“Produtor caloteiro, advogado embusteiro, judiciário moroso, fundo oportunista, administrador judicial explorador”. É o que ainda ouço de muitos que participam de recuperações judiciais no Brasil, e isso já passou da hora de acabar.
O processo de reestruturação das empresas no país passou por grande maturação. Temos, principalmente em Mato Grosso, uma das melhores escolas de reestruturação do mundo, com estudiosos palestrando mundo afora, promovemos encontros com os mais renomados juristas, além de sermos percursores de várias teses consolidadas no Superior Tribunal de Justiça (STJ), seja por credores ou devedores.
Sobre as recuperações judiciais no agronegócio, o que parecia a princípio “malabarismo jurídico” virou jurisprudência, e a jurisprudência virou lei. Em um processo evolutivo social, devemos ser gratos por construir e viver, na prática, pelo suor e pela caneta, em vinte anos, o que para muitos será somente uma teoria acadêmica de nosso professor Miguel Reale, os fatos sociais transformando o direito.
Agora, consolidada a situação, com mercado específico para fomentar empresas em RJ, vamos convidar, quem mais precisa, nossos produtores rurais, a participarem mais conosco e assim fazer valer o princípio que nos norteia. A defesa do empreendedorismo.
Dois pontos penso que devemos nos concentrar. O judiciário entende que o produtor rural demora demais para pedir RJ, o que estressa demais o processo com os credores. O produtor rural, por outro lado, entende que o judiciário demora demais para decidir.
Conheço os dois lados e digo que o único caminho é que todos possamos nos unir dando as melhores condições de trabalho ao Poder Judiciário – pois começa a lidar com números exponenciais de processos – e aos produtores rurais, que são os que produzem a maior – e quase única – riqueza nossa, as commodities.
Essa união depende de nós, advogados, contadores, administradores judiciais, bancos, fundos e tradings. Bancos, fundos e tradings também, ou achamos que dá para receber, se o produtor não tem como produzir para pagar? Não é mais escolha. Muitos ainda vão passar por uma RJ, e o melhor é que passem logo, resolvam o problema logo e voltem a fomentar o mercado financeiro logo. Para isso, quanto menos tumulto levarmos ao Judiciário, em um processo de RJ, melhor será. Quanto mais maduro for o processo mais eficiente será a reestruturação.
Chegou a hora do segundo ciclo, e entendo que todos devemos caminhar de forma conciliadora, vamos juntos.
“Produtor trabalhador, advogado batalhador, judiciário eficiente, fundo fomentador e administrado Judicial conciliador”.
Esse é o novo ciclo. Quanto mais rápidos formos, mais próximos estaremos da eficiência do mercado, produzindo mais, errando menos, gerando mais riqueza para todos. Afinal para isso foi criada essa lei.
Euclides Ribeiro Silva é sócio da ERS Advocacia e Recuperação de Empresas
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