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Coluna – Dupla sertaneja lidera ciclo da paracanoagem brasileira

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Leandro e Leonardo, João Paulo e Daniel, Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano, Milionário e José Rico… Dá para gastar inúmeros caracteres elencando duplas sertanejas marcantes da música brasileira. No esporte paralímpico, é também uma parceria que leva essa cultura mundo afora, fincando a bandeira verde e amarela no topo. Forjados nos rodeios e nas modas de viola, Fernando Rufino e Igor Tofalini têm brilhado no ciclo dos Jogos de Paris (França), na paracanoagem.

Não é exagero. Dias após conquistar o ouro paralímpico em Tóquio (Japão), em 2021, Fernando, o “Cowboy de Aço”, foi campeão mundial da classe VL2 (prova de canoa para atletas que utilizam os braços e o tronco para a remada) nos 200 metros, em Copenhague (Dinamarca). Na edição deste ano, em Halifax (Canadá), quem levou a melhor foi Igor, o “Peão das Águas”, que não esteve na do ano passado, deixando o compatriota em segundo lugar. As posições se repetiram no Campeonato Parapan-Americano, também em Halifax.

A disputa, porém, limita-se à água. Fora dela, os dois possuem uma forte amizade, com laços estreitados pelo esporte e pelas origens. Natural de Itaquiraí (MS), Fernando atuava em rodeios até 2005, quando foi atropelado por um ônibus e lesionou a medula, ficando paraplégico. Já Igor é de Cambé (PR) e foi peão por nove anos, até sofrer uma queda na arena e levar um pisão de um touro em 2011, fraturando a coluna. Atualmente, treina em Londrina (PR), a 420 quilômetros de onde mora o Cowboy.

“Aprendi com meu primeiro treinador que o esporte é passageiro, mas que as amizades ficam. Dentro da água, o pau tora. Fora, toma café junto e escuta nossas modas de viola. A gente é bem ligado, temos uma amizade gostosa, saudável, sem pilantragem, o que é muito importante. Nosso dia a dia é praticamente igual. Tiramos leite [de vaca], fazemos cerca, mexemos com cavalo, com arame, um manda vídeo para o outro”, contou Fernando à Agência Brasil.

“Apesar de competirmos na mesma categoria e brigarmos de igual para igual nos treinos e competições, nossa origem é praticamente a mesma. Isso faz com que as coisas fiquem mais leves, a rotina seja mais gostosa e consigamos conciliar tudo isso. Viver em um ambiente em que você tem um parceiro de treino, um atleta que é da mesma cultura sua, é muito bacana”, completou Igor.

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Se em Tóquio quem competiu foi Fernando, cinco anos antes, o representante sertanejo na Paralimpíada do Rio de Janeiro foi Igor. Apesar de o Cowboy ter conquistado a vaga do Brasil no KL2 (prova de caiaque para atletas que usam braços e troncos para a remada) no Mundial de 2015, em Milão (Itália), um problema cardíaco fez com que ele fosse cortado a somente dois meses dos Jogos, dando lugar justamente ao Peão das Águas, que chegou à semifinal paralímpica.

“Na Paralimpíada [do Rio], tinha que ter um boiadeiro [risos]. Acompanhei o Igor nos treinos, na preparação, conversamos, estivemos juntos nos Jogos. A gente é professoral”, lembrou Fernando.

“O momento mais bacana que vivi foi no Rio, participar daquela edição dos Jogos e poder representar um atleta tão forte como ele [Cowboy], apesar de ser um momento muito delicado da parte dele. Eu me doei e fiz o que pude para representar o Brasil e um atleta como o Fernando Rufino. Foi gratificante”, recordou Igor.

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Com o início promissor dos boiadeiros da paracanoagem na trajetória rumo a Paris, a expectativa de uma dobradinha no pódio em 2024 é real. O Mundial do ano que vem, em Duisburg (Alemanha), definirá os primeiros classificados. Os Jogos na capital francesa reunirão cem atletas (50 homens e 50 mulheres) em dez classes (cinco por gênero). O Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) ainda anunciará os critérios para obtenção das vagas.

“Acredito que o Brasil terá dois atletas muito fortes na VL2, que vestem a camisa, tanto eu quanto o Rufino, em treino e competição, no frio e na chuva. Estamos todo dia trabalhando para representar muito bem o país. Podemos ter um ótimo resultado em Paris e trazer medalhas, o que seria um feito muito bacana”, projetou o Peão das Águas.

“Temos na [canoagem] olímpica o Isaquias [Queiroz] e o Erlon [Souza] como referências. Na paracanoagem, temos eu e o Igor. Quem será o campeão? É na água que decidirá. Eu entrarei para ganhar e ele também. [O Igor] é um atleta que tem meu respeito, que veste a camisa. Para ganhar dele, tenho que estar muito bem. Se errar, vou perder. Podemos estar os dois em Paris e disputar o topo lá”, concluiu o Cowboy de Aço.

Em Tóquio, o Brasil foi três vezes ao pódio. Além do ouro de Rufino, também chegaram lá o piauiense Luís Carlos Cardoso (prata na KL1, caiaque para canoístas que utilizam somente os braços na remada) e o paranaense Giovane Vieira de Paula (bronze na VL3, canoa para atletas sem deficiência nos membros superiores e com função parcial nos inferiores). Com sete representantes na capital japonesa, o país ficou em terceiro no quadro de medalhas, atrás somente de Reino Unido (líder) e Austrália (segunda).

Fonte: EBC Esportes

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Chicago Fire Entra na Disputa pelo Passe de Neymar, Concorrendo com o Inter Miami

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A possibilidade de Neymar jogar nos Estados Unidos ganha força, com clubes da Major League Soccer (MLS) intensificando os contatos para contar com o craque. De acordo com o jornal francês L’Equipe, o Chicago Fire entrou na disputa com o Inter Miami para contratar Neymar, que tem contrato com o Al-Hilal, da Arábia Saudita, até o final da temporada 2024.

Ambos os clubes já teriam iniciado conversas com a equipe de Neymar para tentar concretizar o negócio para a próxima temporada. Em janeiro, o brasileiro revelou o desejo de reencontrar seus amigos Messi e Suárez, com quem jogou no Barcelona, e comentou sobre a possibilidade de reviver o trio no Inter Miami.

“Jogar novamente com Messi e Suárez seria incrível. Eles são meus amigos. Ainda nos falamos. Seria interessante reviver esse trio”, afirmou Neymar.

Em dezembro, Jorge Más, dono do Inter Miami, falou sobre o interesse no jogador, embora tenha destacado que é cedo para tratar de nomes específicos. David Beckham, também proprietário do clube, compartilhou do mesmo sonho.

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“Neymar é jogador do Al-Hilal. Não sei o que ele pretende, mas se quiser vir para os EUA e para o Inter Miami, quem não quer um jogador dessa categoria? Nosso objetivo é reforçar o elenco, mas temos limitações da liga e precisamos ter cuidado com isso”, declarou Más.

Neymar, que assinou contrato com o Al-Hilal em outubro de 2023 até junho de 2025, tem enfrentado uma série de lesões desde sua chegada ao clube árabe, incluindo uma ruptura do ligamento cruzado anterior e menisco do joelho esquerdo, que o afastou por mais de 12 meses. Após retornar aos gramados em outubro, o atacante sofreu uma nova lesão, desta vez na coxa direita, que o impediu de jogar em 2024.

Embora tenha sido cogitada uma possível rescisão de contrato com o Al-Hilal, Neymar segue treinando e é uma das estrelas esperadas para o Super Mundial de Clubes.

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