JURÍDICO
CFOAB aprova propostas na luta em defesa dos segurados e dos beneficiários do INSS
JURÍDICO
A Comissão Especial de Direito Previdenciário (CEDP) do Conselho Federal da OAB (CFOAB) se reuniu nesta terça-feira (17/5) e aprovou nove das 20 propostas que estavam na pauta, em prol dos segurados e beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Essa foi a segunda reunião do colegiado e aconteceu de forma híbrida.
Entre os assuntos aprovados, estão supostas disparidades que vêm ocorrendo nas propostas de acordos ofertadas pelas procuradorias seccionais no estado de Rondônia à população hipossuficiente que precisa dos benefícios do INSS. “Vamos fazer um grupo de trabalho para que possa haver uma uniformização no país todo. Precisamos de percentuais de acordo que sejam razoáveis para o segurado, que no momento de um processo judicial está em uma situação de necessidade. Sem isso, o segurado pode ter seu direito vilipendiado”, ressaltou o conselheiro federal e presidente da Comissão, Bruno de Albuquerque Baptista.
Outro tema que rendeu debate entre os membros da Comissão foi a realização das perícias nos processos judiciais. O problema havia sido solucionado aparentemente por meio da Lei 14.331/22, para dispor sobre o pagamento de honorários periciais, mas os membros da comissão acreditam que ainda falta uma lei orçamentária para contemplar o assunto. “Nós fizemos uma nota técnica e atuamos junto à aprovação da Lei 14.331. Agora, estamos dando andamento no acompanhamento e fortalecimento desse projeto orçamentário, para que isso possa passar o mais rápido possível, os peritos possam voltar a receber e as perícias judiciais possam ser reestabelecidas”, avaliou a vice-presidente da comissão, Gisele Kravchychyn.
Ainda houve tempo para aprovar uma diligência encaminhada ao INSS para obter mais informações em relação ao Acordo de Cooperação Técnica firmado com a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), com o intuito de possibilitar que os pedidos de salário-maternidade e pensão por morte sejam feitos diretamente nos Cartórios de Registro Civil. Também houve tempo para oficiar a Caixa Econômica Federal e o INSS em relação à atuação em algumas agências bancárias do Piauí, que estariam realizando, em alguns atendimentos, acordos que invadem a seara da advocacia.
Para o secretário-geral da CEDP, Tiago Kidricki, a comissão está se mostrando organizada e, ao mesmo tempo, atuante a fim de enfrentar a gama de demandas previdenciárias que existem no país. “É uma área que envolve muitos advogados e muitas demandas da cidadania brasileira”, afirmou o advogado.
Conheça todos os integrantes da CEDP
Além do presidente Bruno de Albuquerque Baptista, a comissão é composta, ainda, por Gisele Lemos Kravchychyn (vice-presidente), Tiago Beck Kidricki (secretário-geral), Julinda da Silva (secretária-adjunta), Ariane de Paula Martins (membro), Carlos Eden Melo Mourão (membro), Diogo Licurgo Meireles Nunes (membro), Isaac Mascena Leandro (membro), Julliany Almeida Sales (membro), Leandro Murilo Pereira (membro), Miguel Angelo Barbosa de Lima (membro), Reinaldo dos Santos Monteiro (membro), Henei Rodrigo Berti Casagrande (membro consultor), Luiz Crescêncio Pereira Junior (membro consultor), Mariza Macedo de Castro (membro consultora), Ramon Alves Batista (membro consultor), Silvia Cristina Bernardo Vieira (membro consultora) e Wilson Ribeiro de Moraes Neto (membro consultor).


JURÍDICO
CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri
A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.
O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.
Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.
As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.
Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.
-
MATO GROSSO7 dias atrás
“Appassionata” – Opus Quattro celebra os temas do amor em concerto na Casa do Parque
-
MATO GROSSO2 dias atrás
AACCMT lança campanha de arrecadação de brinquedos para o Dia das Crianças
-
MATO GROSSO23 horas atrás
TJMT de uma só vez blinda Grupo Safras, anula venda de ações para fundo e determina perícia para processar recuperação judicial
-
MATO GROSSO23 horas atrás
Audiência pública em Itanhangá discute qualidade dos serviços de energia elétrica no município