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CFOAB participa da abertura das sessões da Corte Interamericana de Direitos Humanos no Brasil

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O Itamaraty recebeu, nesta segunda-feira (22/8), a cerimônia de Instalação do 150º Período Ordinário de Sessões da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Brasília. A sessão também homenageou o ex-presidente e ex-juiz da Corte IDH Antônio Augusto Cançado Trindade. A OAB Nacional esteve representada pela conselheira federal por São Paulo e presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos do Conselho Federal, Silvia Souza, convidada de honra do ato.

Na abertura, o presidente da Corte, Ricardo Pérez Manrique, apresentou, ainda, a nova página em português do site da CIDH, onde é possível acessar todos os precedentes da corte, sentença e comunicados. “Para o Brasil, que é o maior país da América Latina e o único de língua portuguesa, é um passo muito significativo rumo à democratização do acesso ao conhecimento e à Justiça, tornando possível o acesso de milhões de pessoas que não falam inglês ou espanhol à jurisprudência da Corte”, comentou Sílvia Souza. 

O CFOAB recentemente foi habilitado como amicus curiae no emblemático caso de Gabriel Pimenta, advogado assassinado em 1982 no Pará em razão de sua atuação em prol dos trabalhadores rurais. “O Estado brasileiro nunca respondeu a contento sobre o assassinato e a Corte poderá julgá-lo ainda este ano, é de suma importância que tenhamos uma decisão com recomendações no rumo da garantia da proteção aos defensores e defensoras de direitos humanos”, disse a presidente da comissão.

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O chanceler, Carlos França, lembrou que a Corte esteve em Brasília também em 2006 e em 2013. E, a cada sessão, fica renovado para o público brasileiro o trabalho da CIDH na promoção e defesa dos direitos humanos no continente. “Neste momento tão especial, e em homenagem a Cançado Trindade e José Augusto Lindgren Alves, falecido neste ano, é essencial reafirmar que os direitos humanos indivisíveis, interdependentes, inter-relacionados e sobretudo universais”, pontuou.  

Homenagem

Para o secretário-geral das Relações Exteriores, Fernando Simas Magalhães, Cançado Trindade está no rol dos grandes pensadores que colaboraram de alguma maneira para a melhoria da condição humana. “Ele buscou a fundo respostas para questões fundamentais do direito internacional e, em particular, dos desafios dos DH. Durante a sua vida, testemunhou e participou do processo de formação, consolidação, expansão e aperfeiçoamento do sistema internacional de DH”, disse.

Ele lembrou, ainda, que foi ideia do professor incluir o parágrafo segundo do art. 5° na Constituição Federal. O trecho dispõe que “os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.” Assim, para Magalhães, as histórias do Brasil no quadro do sistema interamericano de promoção de DH, a própria história da CIDH e a história da vida e da obra do professor Antônio Augusto Cançado Trindade são entrelaçadas.

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O filho de Trindade, Otávio Augusto Cançado Trindade, afirmou que a homenagem é uma forma de prestigiar o pensamento brasileiro no sistema interamericano, algo pelo qual o pai sempre trabalhou. “Ele continuou a orgulhar-se de suas origens e a recorrer ao direito latino-americano. Também se dedicou à promoção da dignidade humana pela aplicação do direito. Colocava os interesses dos indivíduos no centro do debate e apresentou teses para atender a pleitos que se mostravam consistentes, caminhos para tentar reduzir o sofrimento de vítimas de abusos.”

Fonte: OAB Nacional

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CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

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A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

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Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

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